O senador Styvenson Valentim (PSDB) é, reconhecidamente, um falastrão. Notabilizou-se por fazer muito barulho e dar pouco resultado. Do seu trabalho no Senado, o que se tem notícia é de uma notícia falsa. Stynvenson mente para o eleitorado do Rio Grande do Norte quando diz que constroi hospitais com dinheiro de emendas parlamentares. Parlamentar não executa emendas. O senador mente muito mais em outras questões e, principalmente, para atacar adversários políticos.
Mas Styvenson tem ganho notoriedade nos últimos dias por algo ainda mais vergonhoso. Além de seguir mentindo, na ou difundindo mentiras criadas por blogs parceiros, o senador tem exercido a violência. Passou das bravatas falaciosas para as ameaças criminosas. E, coincidentemente, tem se sentido ainda mais encorajado a ameaçar. Mulheres. Uma em específico: a governadora do Rio Grande do Norte, professora Fátima Bezerra (PT).
Se Styvenson estivesse ameaçando um homem já seria reprovável. Além da violência – seja ela qual for – só gerar mais violência – esse não é o papel de um parlamentar. Mais ainda: de um senador. Para se candidatar a esse cargo, o interessado precisa ter ao menos 35 anos. De alguém com essa idade espera-se um mínimo de maturidade, de equilíbrio emocional e de preparo político e social. Styvenson parece gabaritar negativamente em todos os itens.
Mas o que chama ainda mais atenção é que o senador parece ter muita força para ameaçar mulheres. Numa entrevista recente, ao ser questionado sobre a presença do prefeito Allyson Bezerra (UB) em seu palanque, Styvenson disse, candidamente: “se ele entrar eu saio”. Simples, direto, sem ameaças, sem achaques. Mesmo dizendo que Allyson é seu adversário. Embora siga criticando o prefeito de Mossoró por esse não prestar contas do dinheiro das emendas que o senador diz ter mando para a prefeitura de Mossoró.
Pois bem. Em relação à governadora, que trata a todos de forma cordeira, pacífica, pacífica, republicana e democrática, Styvenson fez uma ameaça rasteira, reles, vil e, acima de tudo, criminosa. Disse que se a governadora ousasse desmentir uma dessas mentiras que o senador gosta tanto de espalhar, “esfregaria na cara dela” qualquer documento que, na visão dele, provasse que ele está certo.
Não é só um crime de misoginia. Não á apenas uma ameaça, também criminosa. Uma demonstração machista. Uma fala preconceituosa.
É um grave e inaceitável desrespeito com uma autoridade constituída, eleita em primeiro turno pela maioria do eleitorado do Rio Grande do Norte, numa eleição que inclusive contou com a participação do senador, derrotado que foi por Fátima Bezerra nas urnas.
Não é só a dor da derrota que mobiliza Styvenson a algo tão parvoroso. Além de pagar pelo crime de ameaça, o senador também precisa tratar algo muito sério em íntimo. Não é normal ter tanta raiva de mulher. Principalmente quando se percebe, em situações mais problemáticas, que ele age tão ordeiramente quando o adversário é um homem.
Foto: Uol