A Carta de Conjuntura divulgada na última quinta-feira (16) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, além dos 30,2 milhões ganhando no máximo o mínimo, o percentual de lares sem renda do trabalho no segundo trimestre de 2021 também se mantém em patamar histórico.

No período, a proporção de domicílios sem renda do trabalho foi estimada em 28,5% –ou quase três em cada dez lares. Na prática, são 46 milhões de pessoas sobrevivendo em residências sem dinheiro obtido por meio de atividades profissionais. O sustento, nesses casos, pode vir de programas de transferência de recursos, como auxílio emergencial, aposentadorias e pensões.

No quarto trimestre de 2019, a proporção era de 23,54%, o equivalente a 36,5 milhões de pessoas. A relação chegou a alcançar a marca de 31,56% no segundo trimestre de 2020. Mesmo com o recuo este ano, são 9,5 milhões de pessoas a mais do que no período pré-pandemia.

“As contratações devem aumentar com a movimentação deste final de ano. A questão é ver em qual patamar o percentual vai se estabilizar depois ou não”, comentou Sandro Sacchet de Carvalho, técnico de Pesquisa e Planejamento da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea que coordena o levantamento.

A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), chamou a atenção para os dados. “Estudo do Ipea revela que 46 milhões de famílias vivem sem renda do trabalho, são 28,5% dos lares brasileiros. Outros 27,9% têm renda muito baixa. Só uma política econômica expansiva com geração de empregos pode ajudar a superar o fosso da desigualdade que atinge o país”, concluiu. (Fonte: PT.org)

 

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