Ardiloso como é, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), não declara publicamente que é candidato a governador, embora só aja como tal. E a não declaração pública tem uma razão de ser: é apenas o álibi para se defender na Justiça quando for questionado sobre o uso da prefeitura de Mossoró em favor do seu projeto político-eleitoreiro.
Allyson Bezerra usa diariamente a prefeitura de Mossoró para se eleger governador. E, assim como Hitler, usando meios legais para suas ilegalidades. Ele quis e a Câmara aprovou a criação de comitês eleitorais em outros municípios do Rio Grande do Norte. São os “escritórios institucionais” que não tem trazido nenhum benefício para Mossoró, mas tem sido muito bons para Allyson.
O prefeito quis, e a Câmara aprovou, a contratação de 800 pessoas para, sem qualificação, atuar com crianças especiais. Nada mais nada menos que captação de eleitores com dinheiro do povo. Esses são apenas alguns dos muito (maus) exemplos). Há outros.
O Mossoró Cidade Junina (MCJ) é um caso à parte. Nesse evento, os cantores são estimulados a fazer propaganda eleitoral para Allyson. Os insossos alôs estão sendo, descarada e criminosamente, substituídos por enquetes do tipo “quem quer votar em Allyson para governador?.
Mas, tem mais coisa. Infelizmente. Na última sexta-feira, um dos “cantores” contratados para animar a festa fez uso de drones para desenhar no céu o chapéu com o qual Allyson habita o imaginário do eleitorado. Mais escancarado impossível. Apesar do exagero, não fica apenas nisso.
No Chuva de Balas no País de Mossoró, tudo foi pensado para exaltar a figura de Allyson. O ator que interpreta o ex-prefeito Rodolfo Fernandes está na mesma faixa etária que Allyson. Além disso, o escolhido é quase um sósia de Allyson. Rodolfo, todos sabem, tinha mais de 50 anos na época da invasão do bando de Lampião a Mossoró. O figurino do espetáculo – inclusive de Rodolfo Fernandes – é quase todo no tom azul-allyson. Nunca se usou tanto a estrutura da prefeitura de Mossoró a favor de uma candidatura. Nunca se deturpou tanto um espetáculo histórico para favorecer um candidato.
1 comentário
Barbáries nunca vistas em um gestor do nosso Estado. É muito inconsequente, que parece ser doentio.