Começa hoje mais uma edição do Mossoró Cidade Junina (MCJ). Cheio de expectativa, sobretudo pelos 2 anos em que o evento não pode ser realizado. O MCJ é um evento grandioso. Uma ideia brilhante. A festa deve ser comemorada, lembrada, enaltecida, destacada sempre.
O MCJ é tão grande que não é de nenhuma gestão. Não é da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP), que o criou. Muito menos do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), embora ache que seja dele. Que o criou. Que o comprou. O mau uso que fazem do MCJ precisa sim ser criticado.
Há muitas, muitas suspeitas, pairando sobre a atual edição do Mossoró Cidade Junina (MCJ). Só para se ter uma ideia, os primeiros números anunciados pela própria gestão Allyson Bezerra apontavam para um aumento de mais de 400% nos custos do evento. Um absurdo milionário. Milhões de indícios de problemas.
Claro que quando se vai com sede demais ao pote, os órgãos fiscalizadores ficam de olho, por mais que muita gente pense que eles estejam inertes ou ignorando as peripécias contábeis de gestores mais afoitos. E o olhar fica ainda mais atento quando há, claramente, uma decisão do gestor de priorizar gastos com eventos em detrimento de áreas fundamentais, como saúde e educação, por exemplo.
Obviamente, que na maioria dos casos, as verbas de determinadas áreas/setores são “carimbadas”, ou seja, tem rubricas específicas e só podem ser utilizadas para aquela área/serviço/atividade/ação.
O Ministério Público, através da Promotoria de Defesa da Educação, sabe que em Mossoró a educação é relegada a um terceiro ou quarto plano. E que a desculpa apresentada pela gestão é de que não há verba para pagar melhor a professora, para aumentar o valor da bolsa do auxiliares de sala, para acelerar a reforma de escolas.
Ao mesmo tempo, sobra dinheiro para pagar atrações de gosto duvidoso. A valores vistosos. O Ministério Público, a Câmara Municipal de Mossoró, o Governo do Estado, o Blog Na Boca da Noite, a Cia, a Nasa, a KGB, ninguém é contra o Mossoró Cidade Junina. Por que é burrice ser contra algo tão importante.
É burrice sim, ser contra o Mossoró Cidade Junina. Mas é estupidez ainda maior querer insinuar que quem faz críticas aos erros da gestão, seja em que área for, está sendo contra a ação ou o evento. Às vezes, não custa nada ser estúpido. Às vezes, custa as sobras dos superfaturamentos.
Viva o Mossoró Cidade Junina. Fora as manipulações!!!! Fora todos os que fazem uso dele para manipular as pessoas. Seja quem for.
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