* Jônatas Andrade
Rami Malek é a anticereja de qualquer bolo: ele não funciona e, talvez isso explique o porquê, após a breve cena inicial (em que ele aparece mascarado), Malek só volte a aparecer aos 73 minutos do filme. Gosto do enredo em Cuba, na Itália e também de todas as cenas entre Bond e M (Ralph Fiennes). Apesar do pouquíssimo tempo em cena, Ana de Armas destaca-se com sobras. Lashana Lynch, apesar do razoável tempo de tela, acaba não funcionando nem como protagonista e nem como sidekick ao mesmo tempo.
Com uma fotografia que bem valoriza os cenários naturais da cerca de meia dúzia de países que serviram de locações para o encerramento da franquia, o filme conta ainda com a canção-tema na voz da talentosa Billie Eilish, cuja música No Time to Die é um clarão depois da horrível música do fraco Sam Smith, no filme anterior.
Daniel Craig despede-se da franquia com um filme agridoce, embora tecnicamente eficiente (vide todo o set-piece da cena na floresta, bastante eficaz).
* Coordenador de Tutoria na Diretoria de Educação a Distância da UERN, Membro da Associação de Críticos Cinematográficos do Rio Grande do Norte (ACCiRN) e Conselheiro Municipal de Cultura em Artes Visuais.
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