A memória tem uma força muito grande. E na política não é diferente. Os candidatos vivem em função da possível boa lembrança que o eleitor tem de si ou de suas obras.
Nos tempos atuais em que o embate narrativo é determinante no resultado de uma disputa eleitoral, apagar o passado é a principal lição seguida pelos políticos. Mesmo que isso fira a História.
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade), faz com voragem o dever de casa. Desde o primeiro dia em que assumiu a cadeira mais confortável do Palácio da Resistência.
Já foram muitos os gestos do prefeito para tirar da memória do povo a lembrança do passado recente. Mais recentemente, o desejo é de tirar do chão o que está aos olhos de quem frequenta o Vuco-vuco.
O gestor iniciou uma reforma em parte do piso saquele camelódromo que, para grande parte dos comerciantes locais, só parece ter um objetivo: tirar a cerâmica que tem a estampa de uma rosa.
A plantinha, mesmo no concreto, germina no imaginário a ideia de quem a plantou. Todos sabem a quem ela remete porque foi para isso que foi plantada. Há anos cumpre esse papel.
Queira ou não, Rosalba Ciarlini (PP) imprimiu sua marca na história da cidade.
Lembre ou não de qualquer gestor, o piso é uma obra vista como bem-feita, que não se desmancha com a primeira chuva nem afunda no primeiro passo.
Segue firme e desafiando. O prefeito Allyson aceitou o desafio inglório. Mesmo que vença não será uma vitória gloriosa.
Vai arrancar o piso do chão, mas não vai tirar da memória. Não vai fazer o povo esquecer Rosalba e ainda vai manchar a própria história.
Quando se age com bom senso não há como pisar em falso.
P.s.: A obra está parada.

1 comentário
É de fazer dó, certas atitudes de certas pessoas que querem e jamais irão apagar o trabalho e as marcas deixadas pela gestão de Rosalba. Infelizmente falta competência e sabedoria para fazer acontecer e deixar suas próprias marcas, buscando um caminho que não leva a lugar nenhum, ou melhor, levará sim, ao desastre..