Segurança do MCJ falha e gestão Allyson pune pequenos vendedores

Novas proibições feitas pela gestão trazem prejuízos aos barraqueiros, que reclamam

por Ugmar Nogueira
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A segurança do Mossoró Cidade Junina vem mostrando, em 2025, algumas falhas. Alguns episódios apontam nesse sentido. No Pingo da Mei Dia, uma briga generalizada entre mulheres chamou a atenção. Na Estação das Artes, dois fatos preocupam quem está indo prestigiar os shows. Uma briga envolvendo dezenas de pessoas, ocorrida na última sexta-feira, além do fato mais grave: uma garrafada que levou uma jovem à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O prefeito Allyson Bezerra (UB), que controla tudo com mão-de-ferro, não tem conseguido extrair da segurança o que se espera. Ou por falta de investimento ou por falta de valorização dos profissionais que estão atuando no evento. Dessa forma, o caminho encontrado para tentar evitar novos episódios de violência foi – pasmem – punir os vendedores que atuam no MCJ.

Relato de um grupo de barraqueiros feito ao Boca da Noite mostra o quanto eles tem sido prejudicados pela gestão municipal. Veja abaixo:

“Seguinte, na semana passada ocorreu o acidente com a moça que levou a garrafada, de garrafa pet. A prefeitura chamou os barraqueiros para uma reunião, dizendo que não poderiam vender bebidas quentes. Porque é vendido a bebida, e é colocado nas garrafas pet. O litro de vidro fica na barraca, e pós-festa é descartado. Agora não pode mais! Se quiserem vender, tem que trazer de casa o líquido já no recipiente”, relatam os barraqueiros.

Eles reclamam da medida porque afirmam que ninguém está querendo comprar a bebida sem ver a sua procedência. “Quem acha que o cliente vai comprar um Old Parr (uísque) numa garrafa pet, que ele não viu o vendedor tirar o lacre, e colocar o liquido na garrafa pet pra ele consumir? Com certeza não! Mas a verdade é quem vende a bebida e entrega ao cliente na garrafa de vidro, são os vendedores dos camarotes! Quem garante que as garrafas de vidro que aparecem na festa, não sai do camarote?”, questionam.

Ainda segundo os barraqueiros, atualmente, em virtude “da desorganização de patrocinadores e por parte da prefeitura, a carta de produtos da empresa patrocinadora, permite a venda de somente alguns produtos. Aí numa semana poderia vender Pitu Ice, que é patrocinador, e na semana seguinte, não podia mais. Quer dizer, a própria empresa que patrocina o evento, não define quais produtos pode-se vender da sua carta de produtos”, frisa.

Ainda segundo os barraqueiros, nas gestões anteriores a de Allyson, com 3 meses de antecedência já se sabia quem seria o patrocinador. “Tinha reunião com a segurança publica (Polícias militar, civil e federal), secretários de Infraestrutura e Cultura, bem como com o prefeito (a) da gestão. E isso, não ocorre mais. Fazem somente uma reunião dizendo o que pode e o que não pode, e de repente tiram o nosso direito de vender os produtos”, denunciam.

Os vendedores revelam que estão tendo prejuízos em quase todas as noites. “As pessoas não tem noção do tamanho do prejuízo que todos estamos tendo com essa mudança de layout da Estação das Artes! Como ficamos longe do palco, muito longe, não estamos conseguindo vender para sequer pagar o investimento feito. Graças a Deus, que a festa de sábado foi boa! Vendemos bastante. Logo toda a estação ficou lotada, e até os portões foram fechados”, dizem.

Quando festa não tem lotação total, as vendas são muito baixas. “Nesses dias de menor movimento, quem ainda vende algo são as pessoas que estão no corredro. Fora isso, só vende se a Estação das Artes lotar como foi o caso de sábado. Então nossa maior a queixa é: não se pode mais vender a bebida quente. Só se sair das barracas já no recipiente de plástico (garrafa pet). Mas o camarote, que é de gente de fora da cidade, pode tudo. O prefeito garante à iniciativa privada o direito de vender o que quer, e como quer! Nós que estamos aqui há muitos anos, não temos mesmo direito. Na verdade nem mesmo o respeito quese tem com  a iniciativa privada tem, se tem a gente”, finalizam os barraqueiros.

Imagem: foto da reunião em que foram anunciadas as proibições que prejudicam os barraqueiros

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