Crise do futebol de Mossoró exige coragem política e decisão imediata

Após mais de três anos com o Nogueirão fechado, o esporte local paga o preço da omissão, da falta de diálogo e da ausência de liderança

por Ugmar Nogueira
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O futebol de Mossoró enfrenta uma das mais graves crises de sua história recente. E é preciso afirmar com firmeza: a situação não será resolvida por decisões unilaterais, muito menos pela inércia política. O momento exige coragem, diálogo e maturidade na condução das políticas públicas voltadas ao esporte.

O fechamento do Estádio Professor Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão, há mais de três anos, causou danos profundos ao segmento esportivo. Clubes tradicionais foram enfraquecidos, atletas ficaram sem espaço para treinar e competir, profissionais perderam oportunidades de trabalho e a cidade foi privada de um dos seus principais símbolos culturais e esportivos.

O que falta, de forma evidente, é um processo sério de resolução de conflitos. Mossoró precisa de uma liderança capaz de mediar interesses políticos e esportivos, superar vaidades e colocar o futebol acima de disputas institucionais. O esporte não pode continuar sendo vítima de impasses que apenas prolongam o problema.

Nesse contexto, torna-se indispensável a recriação do Conselho Municipal do Esporte, instrumento democrático de participação social, e a formação de uma comissão permanente de diálogo, envolvendo desportistas, dirigentes e a Liga Desportiva Mossoroense (LDM). Sem escuta e construção coletiva, não haverá solução concreta nem duradoura.

É igualmente necessário enfrentar a realidade com objetividade e responsabilidade. A venda do atual terreno do Nogueirão, com a destinação integral dos recursos para a construção de um novo estádio, surge como o caminho mais plausível e viável. Insistir em soluções improvisadas ou em promessas sem prazo apenas aprofunda a crise.

Existem alternativas reais para a implantação de um novo equipamento esportivo. Fora da área urbana, a região da MAISA, na zona rural, apresenta condições favoráveis para um estádio moderno e funcional. Dentro da cidade, áreas como o antigo campo da REFESA, o campo do CSU no Abolição e um espaço localizado por trás do Sindicato dos Bancários podem e devem ser tecnicamente avaliadas.

Chegou o momento de romper com a omissão, baixar as armas políticas e assumir responsabilidades. O futebol de Mossoró não pede favores, exige respeito. A cidade não pode mais esperar. O discurso precisa dar lugar à ação, apontando, de forma clara, o caminho para a construção do novo Nogueirão.

A história do futebol mossoroense não pode ser encerrada por falta de decisão.

Ugmar Radialista

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