Acontece logo mais a partir das 10h, no Salão Dos Grandes Atos do Palácio da Resistência, uma grande e festiva solenidade de “faz-de-conta”. Será o ato farsesco para o anúncio de suposto convênio entre a Prefeitura de Mossoró e o Ministério do Desenvolvimento Regional.
São vários os indícios de que a suposta parceria é uma enganação. A primeira delas é que o prefeito Allyson Bezerra viajou no último dia 16/3 às pressas para Brasília. Sem agenda oficial, as circunstâncias apontam que tenha ido à capital federal para negociatas.
Um semana depois, no dia 23/3, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) inseriu na Plataforma Mais Brasil dois “projetos” contemplando Mossoró, sendo um deles na área da mobilidade urbana e um outro para reforma e ampliação do Abatedouro e Frigorífico Industrial de Mossoró (AFIM). Qualquer pessoa, por mais leiga que seja, vai perceber que os “projetos” foram “alinhavados”, feitos às “carreiras”, sem qualquer estudo, sem nenhum instrumento técnico que aponte sua viabilidade.
Para completar as suspeitas de que trata-se de uma negociata eleitoral, até o valor da contrapartida da prefeitura foi colocado de forma errada. Os “projetos” somam investimentos superiores a R$ 44 milhões. Com isso, a prefeitura teria que oferecer R$ 4,4 milhões de contrapartida. Nos “projetos”, consta apenas R$ 400 mil.
Também chama a atenção que Rogério Marinho esteja no governo Bolsonaro há mais de 3 anos. Como ministro do Desenvolvimento Regional, ele completou 2 anos no cargo em fevereiro e até então, nunca tinha percebido Mossoró como merecedora dos investimentos do Governo Federal, especialmente da pasta que ocupa. Allyson chegou a reclamar publicamente que Rogério não dava atenção à cidade.
Outra coincidência é que “amor” de Rogério Marinho por Mossoró somente desabrochou depois que Fábio Faria (PP) anunciou que não será maios candidato esse ano. Faria e Marinho disputavam a preferência do bolsonarismo para a disputa à vaga do Senado. Há 3 semanas, Fábio desistiu.
É importante lembrar ainda que Rogério Marinho somente ficará no ministério até a próxima semana. Depois, sairá da ´pasta para ser candidato. Ou seja, não haverá sequer como cobrá-lo.
O anúncio de hoje, reúne, portanto, todas as características de uma jogada eleitoreira para enganar a população e contribuir para eleger Rogério Marinho, o grande inimigo do trabalhador brasileiro.
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