Azevedo: a arma, a ameaça e a urgência em combater os crimes dos canalhas

por Ugmar Nogueira
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* Márcio Alexandre

 

O deputado estadual Coronel Azevedo (PL), a despeito de sua formação como advogado e de sua tez supostamente séria, tem se transformado numa caricatura. Suas ações e ameaças, apesar de perigosas, não o tem credenciado como o xerife que ele acredita ser. Mesmo que esse seja um personagem tão demodê nos dias atuais.

Em sua mais recente e patética aparição, Coronel Azevedo não foi apenas estúpido, mas mostrou-se imbecilmente criminoso. Perigosamente ameaçador. Idiotamente intimidador.

Coronel Azevedo vai ficar impune? Se isso acontecer, será por uma suposta covardia de colegas de parlamento ou por um recorrente corporativismo militar? O deputado não estava em plenário, muito menos no exercício do mandato, portanto, descartada a hipótese de afastamento da imputabilidade pelo instituto da imunidade parlamentar.

Também não estava em operação policial para invocar a legítima defesa. Sem razão, portanto, para invocar qualquer excludente de ilicitude. Comportou-se mesmo foi como legítimo criminoso. Como verdadeiro membro de grupo de extermínio. Como injustificado justiceiro.

Como militar, mostrou-se imprudente e despreparado. Como parlamentar, ignorante e patego. Como advogado, boçal e labrego.

Coronel Azevedo sentiu-se intimidado por uma declaração do ex-presidente Lula (PT) que sugeriu que os eleitores façam cobranças aos parlamentares em suas casas. Bronco, Azevedo não entendeu a mensagem mediata nem imediata de Lula.

A ideia de casa pode ser encarada como as bases eleitorais de cada parlamentar e pode ser também a residência de cada um. E qual o problema de, ordeira e pacificamente, um eleitor ir à casa de um deputado fazer uma reivindicação? Os eleitores não tem suas casas praticamente invadidas por esses senhores e senhoras a cada campanha?

A análise da ameaça feita por Azevedo a Lula, independente de quem a faça, se encaminhada pela ótica legal, desapegada de paixões, não redunda em outra coisa se não na conclusão de que o deputado cometeu crime. E da forma mais canalha possível. Sem motivo aparente. E que pode culminar com outros crimes torpes. Por tudo isso, deve ser combatido, repreendido. Punido. Mas não por outro xerife canastrão. Tampouco pela vilania dos tolos. Muito menos pela a ignomínia dos bobos. Tem que ser pela força da lei.

 

* Professor e jornalista

 

Nosso e-mail: redacaobocadanoite@gmail.com

 

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