* Márcio Alexandre
A bandeira da inclusão e da acessibilidade é de importância imensurável. Não é só uma luta sensível. É uma batalha sensata.
Em Mossoró, algumas pessoas tem empunhado, com vontade, dedicação e coragem, o lábaro da inclusão, da acessibilidade e da causa animal.
Para que algumas ações propostas por elas sejam executadas é preciso cobrar do Executivo. Principalmente quando quem cobra está no exercício de cargo eletivo.
O vereador Tony Fernandes (Solidariedade) é um desses personagens. O parlamentar tem desempenhado papel de destaque nessa seara.
Entre as ações, iniciativas e proposições do vereador na área está a lei que proíbe o uso de fogos ruidosos em Mossoró. O objetivo da norma é proteger animais, autistas, idosos e outras pessoas com elevada sensibilidade auditiva.
A proposição, já aprovada pela Câmara Municipal, carecia de regulamentação. Tony cobrava que o dispositivo fosse regulamentado.
Depois de muita cobrança, o prefeito Allyson Bezerra, a quem parece faltar sensibilidade, decidiu regulamentar a lei.
Como manda a lei do bom senso, o autor da proposta é convidado a participar do ato solene. Solenemente, o prefeito parece ter ignorado o bom senso, a urbanidade, a boa política. Não teria convidado Tony Fernandes. Coincidentemente, do mesmo partido do prefeito. A se confirmar o que se supõe estar claro, não houve por parte do gestor sequer solidariedade.
Tony disse, publicamente, que não foi convidado. O prefeito e a prefeitura não negaram, até agora, o dito pelo parlamentar.
O Blog Na Boca da Noite questionou a prefeitura sobre o não convite. Nosso questionamento também está sendo ignorado.
Caso se confirme a exclusão do vereador do ato solene, terá o prefeito Allyson dado uma grande, gigantesca, épica mancada. E uma grande demonstração: a de que tem a certeza de que a prefeitura é dele.
Sua pequenez pode demonstrar que não tem a condição de ocupar cargo tão grande. E que não aparenta querer crescer para merecê-lo.
* Professor e jornalista