Afastamento de juiz acusado de assédio sexual traz à tona interminável intervenção em rede hospitalar

por Ugmar Nogueira
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O juiz federal Orlan Donato fui afastado de suas funções ontem pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pesam contra ele acusações de assédio e importunação sexual. Pelo menos 6 mulheres denunciaram terem sido vítima do magistrado.

Orlan Donato é conhecido em Mossoró por uma decisão cujos efeitos parecem não ter fim, embora ela devesse ser transitória.

Orlan Donato foi quem determinou a intervenção na Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM), entidade sem fins lucrativos que congrega a Maternidade Almeida Castro e Hospital Infantil Cid Augusto.

O processo de intervenção, iniciado em 2014, deveria durar, segundo a decisão de Orlan, 2 anos. Seis anos depois, uma nova decisão de Orlan estabeleceu que a intervenção seria concluída em janeiro do ano passado. Naquela oportunidade, o juiz determinou a dissolução da Apamim.

Ocorre que, quase 10 anos depois da intervenção, com ou sem a dissolução da Apamim, o complexo hospitalar é gerido por uma junta determinada por Orlan Donato. São pessoas que ganham salários de valores elevados.

Não se sabe até quando essas pessoas seguirão como dirigentes da Maternidade Almeida Castro e Hospital Infantil. Não passaram por qualquer processo seletivo e foram alçados à condição de gestores pelo processo de intervenção. Que pelo que se sabe até agora, deve durar muito tempo.

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