Após Câmara derrubar emenda, Ministério Público recomendação ao Executivo e Legislativo que cumpra orçamento

por Ugmar Nogueira
A+A-
Reiniciar

O mandato da Marleide Cunha apresentou emenda ao Projeto de Lei Ordinária do Executivo nº 05/2021, que dispõe sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA). A emenda apresentada buscou atender reivindicações feitas pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MP-RN) através da recomendação nº 002/2021 – 12ª PmJMos, que expôs a necessidade de implantar e fortalecer o Programa de Acolhimento Familiar da Criança e do Adolescente em Mossoró.

A vereadora conseguiu aprovar no Plano Plurianual um valor de 200 mil reais anuais para atender as crianças e adolescentes que necessitam de temporariamente serem afastadas da família de origem. Contudo, na LOA, a mesma emenda foi rejeitada pela Comissão de Orçamento, Finanças e Contabilidade, deixando um valor inferior ao PPA (45 mil reais), provocando uma disparidade com a Lei anterior e prejudicando o direito das crianças e adolescentes a terem uma convivência familiar saudável.

Dessa forma, a emenda apresentada pelo mandato da vereadora objetivou modificar a dotação orçamentária para que o município de Mossoró pudesse contemplar o que foi sugerido pelo corpo de membros do Ministério Público do RN.

Em reunião com o Promotor da Infância e Adolescência, realizada na segunda-feira, 6/12, a vereadora explicou o lamentável problema, o que motivou o interesse do Ministério Público em enviar recomendação ao prefeito, vereadores, vereadoras e Secretário de Planejamento.

“Não podemos silenciar quando equívocos impedem a garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Os valores necessários são para a implantação e o custeio do serviço de acolhimento familiar, visto que é essencial que as crianças e adolescentes afastados provisoriamente do seio familiar tenham, além de cuidados com a saúde e alimentação, também a afetividade”, explica a vereadora.

Em sua recomendação, o MP ressaltou que se o valor inicialmente aprovado, de R$ 200 mil for diminuído, será preciso que a Prefeitura justifique o motivo, uma vez que para gastos não prioritários como para a “Divulgação e Publicidade dos Atos Governamentais” as verbas foram dobradas de R$ 2 milhões para R$ 4 milhões (o que foi feito, inclusive, sem o lastro orçamentário do PPA 2022-2025).

A recomendação foi direcionada ao prefeito e aos secretários municipais de Planejamento e de Assistência Social e Cidadania. Mas, também foi encaminhada para os vereadores que compõem a Câmara Municipal de Mossoró e para o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Mossoró e ao Conselho Municipal de Assistência Social, Conselho Tutelar, Comissões da Criança e do Adolescente da OAB de Mossoró, Comissão Parlamentar de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Mossoró, Grupo Afeto de Apoio à Adoção, de Mossoró, Vara da Infância e Juventude de Mossoró e Centros de Apoio Operacionais às Promotorias de Justiça de Defesa da Infância e Juventude do MPRN.

 

Nosso e-mail: redacaobocadanoite@gmail.com

 

Publicidade
Publicidade

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

* Ao usar este formulário, você concorda com o armazenamento e o manuseio dos seus dados por este site.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais