Ele cuidava das palavras como poucos. Não escrevia, construa obras de arte. Na revisão, lapidava enunciados e frases. Não foi operário do vocábulo, porque pode parecer mecânico.

Por suas mãos, toda palavra tinha polissemia. Toda frase, ganhava sentimento filosófico e conhecimento poético.

José Nicodemos. Seu Nicó.

Um texto que saía de sua lavra era mais que um documento frio. Maior que palavras no papel. Ganhava autoridade literária, por mais oficioso que fosse. Foi-se um cuidador das letras. Um cultivador de sentidos.

Cronista, escritor e revisor de textos, José Nicodemos de Souza morreu aos 86 anos, neste sábado, 18 de maio, em Mossoró.

O corpo está sendo velado na manhã deste domingo na Câmara Municipal de Areia Branca. O sepultamento será às 16h, no Cemitério São Sebastião, naquela cidade.

Foto: UERN

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