Ugmar Nogueira
Assédio moral é crime. Pratique quem praticar. Aconteça onde acontecer. Ocorra do jeito que ocorrer. É ato criminoso, vil, desprezível, abjeto. E deve ser combatido.
Há tempos que a Câmara Municipal de Mossoró virou um ambiente insalubre para as mulheres. Até para as mulheres que ocupam cargos políticos, como as vereadoras Marleide Cunha (PT) e Carmem Júlia (MDB).
Mais de um vereador já foi acusado de cometer violência política e de gênero contra as parlamentares. Num momento em que se luta para que tenhamos maior participação das mulheres na política, figuras desprezíveis transformam a política em algo a meter medo nas mulheres.
Absurdo que mais uma vez o mesmo vereador que já tripudiou de pobres, que já comparou colega vereadora a cachorra, que já desdenhou de estudantes de escola pública, esteja, de novo, novamente, no centro não de uma polêmica, mas como algoz da ética, do bom senso, da cordialidade, da boa política.
É vergonhoso que a Comissão de Ética da Câmara de Mossoró siga silente, inerte, omissa. Por conveniência política? Por concordar com os criminosos? Por não vê perigo nos riscos que as mulheres correm ao ter que enfrentar a sanha de seres que, pela forma como tem se postado, se comportam de forma tão canalha, inadmissível e, por que não dizer, criminosa?
Que a Justiça seja chamada ao caso. E que casos como esses não voltem a se repetir. Mesmo que os criminosos repitam o mandato na próxima legislatura.
