* Márcio Alexandre

A cidade de Mossoró amanheceu tomada por uma grande descoberta: os vereadores Tony Fernandes e Paulo Igo (Solidariedade) e Omar Nogueira (Patriota) não descobriram a sede da Distribuidora São Tomé. Os parlamentares foram ao endereço que consta nos documentos apresentados à Prefeitura de Mossoró e não encontraram nada.

Na avenida Juvenal Lamartine, na cidade de Monte Alegre (RN), ninguém nunca ouviu falar em São Tomé Distribuidora. Incrível que uma empresa que ganha uma licitação milionária de uma gestão que diz primar pela transparência, não tenha sequer um lugar para chamar de seu. Uma barraca, uma choupana, um quiosque. Nada. Pelo menos no endereço que ela própria informou.

A gestão Allyson Bezerra (União Brasil) segue silente desde que os vídeos dos vereadores se tonaram público e viraram o assunto de ontem e repercutem como grande tema de hoje.

Notório que o silêncio da gestão é resultado do baque que a pancada provocou, afinal de contas ela foi pega de calças curtas. Mas não é só por isso. Quando o prefeito e seus lacaios achavam que tinham baixado a poeira da desconfiança que ronda o caso com uma insossa e intimidatória nota, os vereadores Tony, Paulo e Omar vieram com a verdade inconteste. Porque foram lá. Porque conversaram com as pessoas. Porque procuraram em todo canto.

A visita reforça as suspeitas e lança sobre a gestão a obrigação de vir a público mostrar, com documentos, sem firulas, sem ameaças, sem chorumelas, dizer porque a empresa não está no endereço citado.

Dizer se a São Tomé Distribuidora existe. Porque se tem gente que só acredita vendo, os vereadores foram lá ver e não deu para acreditar porque não encontraram o que deveriam ter encontrado.

A gestão Allyson Bezerra tem agora, na prática, a chance de mostrar que a transparência que prega é a que pratica. Que a honestidade que enuncia é a que prova. Sem chantagens emocionais e sem extorsões psicológicas.

Não dá mais para seguir com essa rotina em que prefeito e auxiliares choram, mas não esclarecem. Urram, mas não explicam. Bufam, e não respondem. Esperneiam, e não provam. Atacam, mas não deslindam.

Que o prefeito Allyson Bezerra tenha serenidade para provar, com educação e bons modos, sem achaques nem chiliques, com documentos e sem chororô, que a São Tomé Distribuidora está sim com sede fixa, funcionando, produzindo, atuando na Avenida Juvenal Lamartine, 789, Monte Alegre (RN). Porque é um monte de dinheiro que está em jogo.

São mais de R$ 3 milhões do bolso do contribuinte. Que a gestão contribua para esclarecer. Sem sentimentalismos. Sem mimimi. Sem teatrinho. Porque até agora, o que se tem visto é a apenas teratologia.

P.S.: Hoje, mais uma vez, solicitamos informações à Secretaria Municipal de Comunicação Social, e não obtivemos retorno. De novo.

* Professor e jornalista

2 thoughts on “Caso São Tomé e prefeitura de Mossoró: quem vai chorar hoje?

  1. Quem tem motivos para chorar seria na verdade o povo de Mossoró com esse ladrão. Principalmente aqueles que trabalham nas áreas de saúde, segurança e educação. Essa gestão de Allyson é realmente chocantemente ruim.

  2. Daqui parabenizar os três “detetives” vereadores Tony, Paulo e Omar. Que fizeram exatamente o seu trabalho Brilhantemente, fiscalizar o que o prefeito Alysson estar fazendo com os milhões dos impostos do nosso povo trabalhador. Veremos qual será a “marmota, que vão explicar ao povo Mossoroense.

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