Cassação de prefeito por abuso político reacende debate sobre situação de Mossoró

Allyson Bezerra transforma prefeitura de Mossoró em cabide de empregos, em afronta às leis

por Ugmar Nogueira
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O prefeito de Lajes, Felipe Menezes, foi cassado ontem pela Justiça Eleitoral sob acusação de abuso de poder político. Ele contratou mais de 400 pessoas com fins eleitoreiros. Em Mossoró acontece o mesmo. Mas com muito mais cargos e em confronto com várias leis.

Em Mossoró, o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) usa e abusa de processos seletivos. Somente na educação, são quase 3 mil professores e supervisores atuando como celetistas após seleção temporária. Além do baixo salário, as condições de trabalho são precarizadas e os contratados se veem na obrigação de votar no prefeito e em quem ele apoia, sob pena de perder o cargo. Foi assim, por exemplo, que o prefeito conseguiu reeleger-se e eleger 15 vereadores.

As terceirizações também são um escândalo na gestão Allyson Bezerra. São milhares de cargos distribuídos em quase 10 empresas que, além de atrasar os salários dos seus funcionários, sonegam direitos, como décimo, férias, FGTS e pagamento de verbas rescisórias.

Em Mossoró, o prefeito já nomeou secretário que tem condenação por falsificação de documentos (advogado Kadson Eduardo), por infringir a lei do combate ao nepotismo (Rodrigo Lima, a esposa Esthayse Leite, e a irmã dele, Ester Lima, ocuparam cargos de forma ilegal) e até mesmo um tio (Manoel Bezerra de Maria), cuja nomeação está vedada por duas leis, a do nepotismo e a Lei da Ficha Limpa, já que Manoel também é condenado por corrupção.

Por todas essas irregularidades e ilegalidades, o questionamento feito em Mossoró é se a lei vai alcançar o prefeito de Mossoró e, caso isso não ocorra, como se verifica atualmente, quais as razões.

Importante destacar que há pelo menos duas ações judiciais que investigam Allyson Bezerra por abuso de poder político e econômico.

Numa delas, inclusive, a Justiça espera que a Art C, agência de publicidade que presta serviços à gestão municipal, repasse documentos importantes solicitados dentro do processo. A Art C descumpriu o pedido inicialmente e foi aberto um novo prazo para que a empresa se manifeste.

Na imagem, Allyson e o tio,  Manoel Bezerra de Maria, nomeado em clara afronta às leis (Foto: Diário de Mossoró)

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2 comentários

Sueleide Alves 08/04/2025 - 08:09

Esperando a justiça de Deus, que não se deixa influenciar. A conta vai chegar.

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Sueleide Alves 08/04/2025 - 08:15

São muitas evidências e acredito que provas, explícitas; mas a trava demoníaca cega todos que devem fazer valer as leis. Tenho a certeza. que Deus agirá no Seu tempo.

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