Um crime, por si só, não se constitui, necessariamente, em tragédia. Um acidente de trânsito, também. Pelas circunstâncias em que ocorrerem, no entanto, podem ser alçados à essa condição terminológica.
É o que acontece, por exemplo, com o assassinato do empresário Cristian Noronha e o acidente que vitimou o servidor público José Neres. São dois casos que apontam, inevitavelmente, para a omissão do poder público, com as digitais da gestão do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil).
No caso do homicídio, os antecedentes apontam para a total omissão da gestão municipal com as pessoas em situação de rua. Além de não fazer nada por essa parcela da população, a gestão Allyson Bezerra impede que outros o façam. Três fatos comprovam isso.
O primeiro deles foi a não utilização de recursos do governo federal para políticas em favor das pessoas em vulnerabilidade social. O Ministério Público Federal (MPF) move uma ação contra o município pela não utilização da verba.
A vereadora Marleide Cunha (PT) destinou emenda no valor de R$ 100 mil reais também para ser usado em favor das pessoas em situação de vulnerabilidade social. Até hoje não se sabe sequer se a gestão Allyson Bezerra liberou a emenda.
Outro caso, simples, mostra o quanto a gestão Allyson Bezerra não liga para o problema. Um projeto de lei propondo a oferta de água para pessoas em situação de rua, ano passado, foi derrubado pela bancada governista a mando do prefeito.
Some-se a tudo o fato de que não se tem conhecimento de uma única ação da atual gestão municipal direcionada às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ao contrário: deixou que a Praça Vigário Antônio Joaquim se transformasse em uma espécie de favela, onde essas pessoas se amontoam.
Em relação ao trágico acidente que matou José Neres, o jornalista Bruno Barreto trouxe duas denúncias graves em seu perfil nas redes sociais que podem ter contribuído para o ocorrido. Segundo ele, Allyson está afrouxando a realização de blitzen da lei seca para não perder popularidade (ele é pré-candidato a governador). Para se ter uma ideia do descaso proposital, os agentes de trânsito sequer tem talonário para aplicar multas e os etilômetros (bafômetros) estão vencidos. Omissão criminosa, cujos reflexos são registros trágicos, como o que vitimou José Neres.

2 comentários
Vejam bem meus amigos o acidente ocorrido no Abolição3,que não tem kilometragem na avenida Abel Coelho permitida ao menos 50 km, um carro com de 80 km,vitimou um senhor q trabalhava na Apae.
Responsável sim, pela omissão e falta de políticas públicas. Os que estão em situação de rua não dão votos ao midiático e fechar os olhos para as demais situações que estão transformando a cidade em um caos, mas a sebosa mídia esconde é CRIME!