Oferecida aos bebês como forma de acalmá-los em momentos de estresse e choro incessante, a chupeta é capaz de proporcionar sensação de bem-estar e prazer, por conta do movimento de sucção feito pela criança durante a ação. No entanto, especialistas alegam que o uso pode ser prejudicial à saúde dos pequenos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o ato de sugar é um reflexo natural que acompanha os bebês desde o útero da mãe. Especialmente no primeiro ano de vida, eles têm a necessidade de fazer a sucção.

A amamentação supre essa vontade e, além de servir alimento, também proporciona, por meio da movimentação da boca, a liberação de endorfina, hormônio que produz efeito de controle da dor, do humor e da ansiedade. A chupeta reproduz essa sensação.

Luanda Almeida, Cirurgiã-dentista, afirma que existem alguns problemas que podem ser provocados pelo uso excessivo do bico, como alteração nas arcadas dentárias (que acabam ficando estreitas), mordida cruzada (que pode levar a dificuldade respiratória), falta de fechamento dos lábios em repouso (devido a alteração da musculatura orofacial) e uma relação deficiente entre as arcadas dentárias superior e inferior.

Além disso, há evidências que sugerem que o uso da chupeta causa alteração na amamentação natural de crianças que começam a usá-las muito cedo. Elas acabam mamando no peito por menos tempo, reduzindo a produção de leite da mãe — explica.

A Ortodontista ressalta que os problemas na dentição são acentuados de acordo com a intensidade, duração e frequência do uso da chupeta.

Às vezes, os pais dizem que os filhos usaram chupeta e não tiveram problema, mas esses três fatores precisam ser observados. Se usa pouco, provavelmente não terá os problemas — explica Luanda.

Além disso, os pais precisam ser cuidadosos na hora de suspender o uso do bico, o que precisa ser feito de maneira suave e gradual, já que, depois de certa idade, o hábito está mais ligado a questões psicológicas e não a uma necessidade.

Quando a interrupção é feita de maneira abrupta, a criança pode passar a chupar o dedo, que é tão prejudicial quanto a chupeta — alerta Dra Luanda Almeida.

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