Missão empresarial conecta fruticultores do RN a soluções inovadoras

Grupo apoiado pelo Sebrae esteve em simpósio e em visitas técnicas em Petrolina, referência em produção irrigada de frutas no Brasil

por Ugmar Nogueira
A+A-
Reiniciar

Dez fruticultores potiguares do Distrito Irrigado do Baixo-Açu (DIBA) participaram, na última sexta-feira (21), em Petrolina (PE), do I Simpósio Remineralizadores e Biológicos, na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O grupo integra missão empresarial liderada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, com o intuito de aproximar os produtores de soluções inovadoras que impulsionem a produção irrigada de frutas no Diba.

Paralelamente ao evento, os fruticultores do RN também conheceram novas variedades frutícolas, em visitas técnicas a propriedades agrícolas com características produtivas semelhantes às do Diba. Com o apoio da unidade Petrolina do Sebrae Pernambuco, o grupo visitou ainda instalações de um packing house, responsável pela produção de limão e manga destinados à exportação.

Os exemplos são atrativos. Petrolina é referência em produção irrigada de frutas. Sedia o maior polo de fruticultura irrigada do Brasil, o Vale do São Francisco, responsável por produzir, anualmente, mais de um milhão de toneladas de frutas

O gestor de Fruticultura do Sebrae RN, Franco Marinho, explica que a ideia é replicar no distrito irrigado potiguar experiências exitosas registradas no Vale do São Francisco. Segundo ele, o intercâmbio de conhecimento técnico implicará em resultados promissores para a fruticultura potiguar.

Produção sustentável

Entre as diversas ideias apresentadas nas visitas técnicas e no Simpósio de Remineralizadores e Biológicos, soluções inovadoras de bioinsumos (produtos de origem biológica) atraíram a atenção dos fruticultores do Diba. É o caso do pó de rochas, produzido a partir de rochas trituradas e capaz de beneficiar o solo, as plantas e reduzir os custos de produção. De acordo com o especialista em bioinsumos, Manoel Elizeu, o material é ideal para uma agricultura mais sustentável.

“O bioinsumo é, basicamente, feito da porteira para dentro. O pó de rocha é um deles, por exemplo, que permite ao produtor uma produção com menos custos social, ambiental e financeiro, tornando a atividade mais sustentável”, explica.

Conhecimento

E foi justamente a redução de custos um dos motivos que deixou o produtor Aldair José, da Comunidade Aroeira, em Alto do Rodrigues, de olho nas novidades dos bioinsumos. Preocupado com os valores elevados de insumos, ele conta que pretende adotar o produto para reduzir custos na produção de frutas.

“A gente tem passado por dificuldade, com a alta do dólar, os insumos ficaram muito caros e achei muito interessante a questão dos bioinsumos, que vai contribuir para diminuir os custos, algo que precisamos muito. Isso é muito importante, e estamos tendo a oportunidade de conhecer de perto, através da missão, onde estamos vendo é possível fazer também em nossas plantações”, observa.

Michel Cosme é proprietário da Frutan, empresa que opera no Distrito Irrigado do Baixo Açu, e considera a missão empresarial estratégica para alcançar melhores índices de produtividade e qualidade. “Viemos a Petrolina para aprender processos, diminuir nossos custos e melhorar nossa qualidade, e acho que foi uma das viagens mais proveitosas que fizemos nos últimos três ou quatro anos, junto com o Sebrae. São conhecimentos que serão muito bem aproveitados nas áreas de produção do Baixo Açu”, pontua.

A missão empresarial é parte das ações desenvolvidas pelo Projeto de Fruticultura do Sebrae RN com produtores de frutas do Diba. O atendimento aos fruticultores do distrito consiste ainda na orientação e assistência técnica, consultorias, além de iniciativas que fomentam o acesso ao mercado e o fortalecimento da fruticultura na região e no estado.

O Distrito Irrigado do Baixo Açu se destaca pela diversidade de cultivos, que somam, anualmente, mais de 56 mil toneladas de alimentos. O destaque fica por conta de culturas como manga, banana, coco verde, melancia, melão e mamão. A produção é baseada nos métodos de irrigação por aspersão convencional, e pivô central e irrigação localizado (micro aspersão e gotejamento).

Fonte: SEBRAE

Publicidade

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

* Ao usar este formulário, você concorda com o armazenamento e o manuseio dos seus dados por este site.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais