Há pouco mais de dois anos o país ganhava um novo partido: o União Brasil. Resultado da fusão entre o Partido Socialista Liberal (PSL) e Democratas (DEM), a sigla nasceu como uma das mais fortes do cenário político nacional.
Além de contar com uma bancada com mais de 80 deputados federais (26 do DEM e 55 do PSL), o União Brasil teve direito em seu primeiro ano de existência, a um dos maiores tempos de propaganda eleitoral no rádio e na TV, e uma quantia milionária do Fundo Partidário, quase R$ 1 bilhão.
Passadas as eleições de 2022 (quando o partido foi cotejado, pelas razões acima, por quase todos os políticos), o União Brasil passou a viver momentos difíceis. Cassação de deputados, envolvimento de parlamentar em morte e briga pelo comando da sigla integram a lista de problemas enfrentados pelo União Brasil.
Um dos primeiros episódios que colocaram o partido no centro das polêmicas foi o processo que pode cassar o mandato do senador Sérgio Moro. Sobre Moro pesam várias acusações, entre elas abuso de poder econômico, e o processo deve ser concluído em breve.
Cassação de mandatos, aliás, é um “carma” na existência do União Brasil. Na sua curta existência, a sigla perdeu os seguintes parlamentares da sigla, que tiveram os mandatos cassados: Fábio Silva (deputado estadual do Rio de Janeiro, por abuso de poder religioso) e Artur do Val (deputado estadual de São Paulo cassado por decoro parlamentar). Um terceiro deputado (esse federal) também deverá ser cassado em breve: Chiquinho Brazão. Acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), Chiquinho foi expulso do partido horas depois de ser preso pelo crime.
Além desses casos, tem chamado a atenção a guerra entre Luciano Bivar e Antônio Rueda. Os dois se digladiam, inclusive publicamente, pelo comando do União Brasil. No último dia 20, Bivar foi afastado da direção nacional do partido. Rueda foi eleito, então, novo presidente. Até chegar ao afastamento de Bivar e ascensão de Rueda, muitos foram os episódios de ameaças e até de outros crimes. As casas de Rueda e da irmã dele (tesoureira do União Brasil) foram incendiadas, e eles acusam Bivar.
Não tem sido fáceis os dias no União Brasil.