A informação é de Guilherme Amado, do site Metrópoles: o ainda presidente Jair Bolsonaro (PL) vai fazer de tudo para eleger o ex-deputado federal potiguar Rogério Marinho (PL), presidente do Senado Federal.

Eleito senador em outubro passado, Marinho é a única chance de Bolsonaro de arquitetar um plano de vingança contra o ministro Alexandre Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro não perdoa Moraes por ter sido firme na defesa da democracia nas eleições desse ano. Além disso, como membro do Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes tomou decisões que desagradam o presidente.

Bolsonaro aposta na eleição de Rogério Marinho como presidente do Senado para levar a cabo seu projeto de promover o impeachment de Moraes. Para o atual presidente, apenas Marinho seria capaz de abrir um processo de cassação do mandato do presidente do TSE.

Um dos mais fieis aliados de Bolsonaro, Rogério Marinho foi eleito na esteira dos escândalos do orçamento secreto. Aliás, o próprio Rogério é citado como um dos principais responsáveis pela operacionalização do esquema de desvio de verbas.

Para que sua vingança contra Moraes vá adiante, Bolsonaro terá que vencer algumas etapas. A primeira delas é garantir que Marinho tome posse. O potiguar enfrenta diversas investigações judiciais que podem impedi-lo de ficar com o mandato. Um segundo passo é construir as condições para a candidatura de Marinho ao Senado. Hoje, as chances de que ele tenha sucesso nessa empreitada são poucas.

O partido de Bolsonaro, PL, elegeu a maior bancada no Senado, com 14 senadores. Apesar disso, Rodrigo Pacheco, do PSD, é favorito para a reeleição. Aliás, o partido de Pacheco é o que tem a segunda maior bancada, com 14 senadores.

Motivado por vendetas, Bolsonaro vai fazer de tudo para que Rogério se eleja. Resta saber qual será sua força no Congresso após deixar a Presidência da República. Outras tentativas feitas pelo presidente para se vingar de Moraes restaram infrutíferas. O novo round poderá ainda ser possível. As chances, no entanto, não são tão boas como quer crer o presidente. Rogério, por enquanto, segue calado. Mas já sabe qual a fatura Bolsonaro vai cobrar caso consiga fazê-lo chefe da Alta Câmara.

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