Prefeito Allyson usa tática rasteira para tentar garantir aprovação de Reforma da Previdência

por Ugmar Nogueira
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Após apresentar (em forma de emenda à Lei Orgânica Municipal) uma proposta de Reforma da Previdência Municipal que fere de morte os direitos previdenciários do servidor público municipal, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade) começa a usar uma estratégia rasteira para garantir que ela seja aprovada.

Colocar a população contra os vereadores é a tática que vem sendo posta em prática pelo Palácio da Resistência. “Se a proposta não aprovada, Mossoró deixará de receber recursos”, apressou-se a dizer ontem, o prefeito em todas as suas entrevistas à imprensa da cidade. A narrativa já está sendo espalhada também nos corredores da Câmara Municipal. Coube ao líder da situação, vereador Genilson Alves (PROS) levar o recado ao Legislativo.

O governismo decidiu adotar essa estratégia após constatar que não tem os 16 votos necessários para aprovar a emenda. Buscar colocar a opinião pública contra os parlamentares tem sido prática recorrente na gestão do prefeito Allyson Bezerra. E já está sendo repetida no caso em análise.

Até então com o controle rígido de uma bancada numerosa, Allyson viu a tranquilidade ir para os ares quando um grupo de 6 vereadores da situação decidiu “abrir os braços para nõ ser engolido”. Formado pelos vereadores Tony Fernandes (Solidariedade), Carmem Júlia (MDB), Omar Nogueira (Patriota), Lamarque Oliveira (PSC), Paulo Igo (Solidariedade) e Isaac da Casca (sem partido), o bloco parlamentar, sutilmente, foi batizado de “Diálogo e Respeito”. E tem sido esse grupo de vereadores que tem buscado estabelecer um diálogo mais próximo dos trabalhadores, juntamente com a vereadora Marleide Cunha (PT).

As movimentações desse bloco, obviamente, não tem agradado ao inquilino do Palácio da Resistência. Como depende de parte desses votos para garantir o mínimo necessário para a aprovação, a estratégia tem sido a da chantagem pública. Ou seja, a de responsabilizar os vereadores por qualquer problema que ocorra na prefeitura de Mossoró. Dizer sempre que faltou recursos porque a reforma da previdência não foi aprovada.

O grupo parlamentar conseguiu, até agora, que fosse aberto diálogo no processo de análise da proposta de mudança do sistema previdenciário municipal. Parece que o respeito, vai ficar só na vontade.

 

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