A denúncia é da vereadora Marleide Cunha (PT): o gasto da gestão Allyson Bezerra (UB) com cargos comissionados cresceu 121%. O fato mostra a verdadeira farra que o gestor faz com o dinheiro do contribuinte.
Segundo Marleide, com a reforma administrativa aprovada na última sexta-feira (24/01) e publicada em forma da Lei Complementar nº 218/2025, o prefeito “inchou ainda mais a máquina pública com mais um aumento na quantidade de cargos comissionados e consequentemente da folha de pagamento”.
Marleide lembra que durante a Gestão Allyson, já foram feitas 7 Leis Complementares alterando a estrutura administrativa do município. Com a Reforma mais recente, o município terá 989 cargos de confiança custando anualmente 46.916.220, sem considerar diárias, indenizações.
Para se ter uma ideia do quanto Allyson cria cargos apenas para transformar a prefeitura em cabide de empregos, basta citar que somente em seu gabinete estão lotados 16 assessores especiais, ao custo mensal de mais de R$ 13 mil. O município chegou ao cúmulo, por exemplo, de ter uma Secretaria Municipal de Governo e uma Secretaria Municipal de Governança. Um escárnio aos olhos dos órgãos fiscalizadores.
Quando comparamos o início da gestão em 2021, o crescimento da folha salarial dos comissionados passa de 121% e a quantidade de cargos de confiança que iniciou com 682 chega a 989 em 2025”, calcula.
Ainda segundo Marleide, o objetivo dessa crescente é ter nos equipamentos públicos operadores cabos eleitorais onde o interesse público não é a prioridade no serviço, mas sim os interesses políticos e privados do prefeito e aliados.
“É imoral que a prefeitura de Mossoró tenha mais de 20% de comissionados quando comparamos com a quantidade de servidores efetivos. Enquanto a prefeitura de Mossoró vira cabide de emprego para encaixar os cabos eleitorais, os concursados estão aguardando ansiosos a convocação, especialmente os de cadastro de reserva que sonham com a oportunidade”, denuncia a parlamentar.
Marleide ressalta que paralelo a essa manipulação violenta da máquina pública, os servidores efetivos são desvalorizados, são retirados direitos consolidados, sua imagem pública achincalhada, são perseguidos, trabalho não pago, causando um adoecimento coletivo e causando fortes prejuízos na eficiência do serviço público.
“Por tudo isso e muito mais, nós fazemos um apelo aos órgãos externos de fiscalização, ao Ministério Público do Patrimônio Público, da Cidadania e Direitos Humanos, da saúde, da Educação, de defesa da Criança e do adolescente, ao Tribunal de Contas, investiguem os abusos de poder político e econômico acontecendo em Mossoró. O povo precisa de ajuda”, finaliza.