A Caixa Econômica Federal está em dúvida sobre as cláusulas do próprio contrato nº 0616210-92, de empréstimo do Finisa no valor de R$ 30 milhoes, firmado com a gestão municipal de Tibau após tomar conhecimento da última parcela recebida de royalties do município.
De acordo com a cláusula 4.1.6 da Política de Controle Interno, Compliance e Integridade da Caixa, e em especial a cláusula 17.2.1, b, do contrato, a situação econômica do tomador pode ser substancialmente alterada pela expressiva receita de royalties do petróleo distribuída pela ANP – Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural.
A perda de arrecadação de royalties (município recebeu a última parcela das 48 no mês de maio) causou um impacto significativo no município, reduzindo a capacidade de pagamento da parcela do empréstimo.
A situação econômica de Tibau, que pode ser verificada no site da ANP e do Banco do Brasil (DAF – Distribuição da Arrecadação Federal), evidencia a mínima capacidade do município para cumprir suas obrigações financeiras junto à Caixa.
Enquanto a Caixa põe em dúvidas suas próprias cláusulas contratuais e avalia a situação, pessoas ligadas à gestão municipal de Tibau estão pressionando para a liberação urgente da segunda parcela do empréstimo, no valor de R$ 10 milhões.
Esta pressão ocorre apesar das incertezas quanto à capacidade do município de honrar a dívida.
A reavaliação da Caixa levanta questões sobre a sustentabilidade financeira de Tibau e a prudência na liberação de mais recursos.
A gestão municipal deve agora enfrentar o desafio de equilibrar suas finanças enquanto busca atender às necessidades da comunidade sem comprometer a estabilidade econômica futura.
O Boca da Noite tentou ouvir a gerência da Caixa para mais detalhes sobre a situação, mas até a publicação dessa matéria, apesar das tentativas, a Caixa não respondeu. Contactamos a assessoria de imprensa do banco em Mossoró, que nos encaminhou para a assessoria da região Nordeste. De acordo com a assessora que atendeu ao portal, as informações estão sendo coletadas e logo que ela as tiver, repassará para o Boca da Noite. Assim que isso ocorrer, atualizaremos essa reportagem.
Receita
A Receita Federal anunciou algumas mudanças que poderão representar facilidades para a declaração do Imposto de Renda (IR) deste ano, que tem como base o ano de 2021. O período de entrega das declarações será entre 7 de março e 29 de abril, e os lotes de restituição terão início em 31 de maio, divididos em cinco grupos mensais até 30 de setembro. A expectativa da Receita é receber 34,1 milhões de documentos até o final do prazo.
Neste ano, estão obrigados a declarar os cidadãos que tiveram, em 2021, rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 28.559,70. No caso de rendimentos considerados “isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte”, é obrigado a declarar quem recebeu valor superior a R$ 40 mil.
O auditor-fiscal José Carlos da Fonseca, responsável pelo programa do Imposto de Renda 2022, lembra que o auxílio emergencial está entre os considerados tributáveis. “Se a pessoa recebeu, além do salário, auxílio emergencial e, somando esses rendimentos tributáveis, ultrapassar o limite [R$28,5 mil], ela estará obrigada a apresentar declaração de IR. Não significa que está obrigada por conta do auxílio emergencial, mas porque, como esse auxílio é rendimento tributável, ele, somado aos demais rendimentos tributáveis e ultrapassando o limite definido pela norma, faz com que o cidadão fique obrigado a apresentar a declaração”, disse o auditor ao detalhar as novas regras definidas pela Receita.
“Da mesma maneira, será para aquelas pessoas que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou de tributação exclusiva na fonte, que estejam acima de R$ 40 mil”. É o caso, por exemplo, do microempreendedor individual (MEI) que recebeu rendimentos isentos acima desse limite. “A declaração fica obrigatória não por se tratar de um MEI, mas por ele ter recebido rendimentos acima do limite legal”, acrescentou.
Continuam também obrigados a apresentar declaração quem teve ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto, bem como pessoas que têm direito a isenção de imposto sobre ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguidos de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; e pessoas que tenham operado em bolsas de valores.
Também são obrigados a declarar aqueles que, no dia 31 de dezembro de 2021, possuíam propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de 300 mil; e pessoas que, na atividade rural, receberam rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 142.798,50.
Centenário do IR – O subsecretário de Arrecadação, Cadastros e Atendimento, Frederico Faber, anunciou algumas facilidades preparadas para este ano, em que se completam 100 anos da criação do Imposto de Renda no Brasil.
“A receita preparou pacote de inovações que simplificam o preenchimento da declaração, o pagamento do imposto e o recebimento da restituição. A maior delas é a disponibilização da declaração pré-preenchida em larga escala para contribuintes, a partir da autenticação via contas Gov.br”, disse o auditor.
A conta Gov.br é uma identificação que comprova, em meios digitais, a identidade do cidadão, de forma a dar segurança para o acesso a serviços digitais. Ela é gratuita e, tanto cadastro como acesso, podem ser feitos pela internet.
A habilitação dos serviços de imposto de renda com a conta Gov.br iniciará em 3 de março, conforme será apresentado na Instrução Normativa nº 2.065, que será publicada no Diário Oficial da União de amanhã (25).
De acordo com o auditor-fiscal Juliano Neves, a declaração pré preenchida possibilitará, ao cidadão, iniciar o preenchimento do documento já com diversas informações à disposição. “Nela, praticamente todas informações em posse da Receita serão importadas diretamente para a declaração”, disse.
“Por exemplo, as informações de rendimentos pagos por empresas e outras pessoas; despesas médicas informadas por estabelecimentos médicos; e o histórico de bens e direitos das declarações de anos anteriores. Assim, quem usa essa funcionalidade tem menos chance de errar o preenchimento e cair na malha. Possibilita, também, receber a restituição mais rapidamente. E, para quem tem imposto a pagar, significa maior tranquilidade em saber que está pagando corretamente seus impostos”, acrescentou. No ano passado, foram 400 mil declarações pré-preenchidas. Para este ano, a previsão da Receita é entre 3 milhões e 4 milhões.
Uma outra novidade é o novo formato do IRPF em multiplataforma, tanto para computadores online como para dispositivos móveis. Segundo Neves, o programa estará ainda mais integrado este ano. “Será possível, por exemplo, começar a declaração no celular, continuar no programa instalado no computador e finalizar na internet”, disse.
Pix – Outra novidade é a possibilidade de o cidadão pagar as cotas do IR via Pix, bem como receber, também pelo sistema de transferências, sua restituição. “Isso traz mais agilidade e segurança nas transações com a Receita Federal, além de simplificar procedimentos. Na prática, significa que o cidadão não precisará, também, mais sair de casa para pagar seu DARF [Documento de Arrecadação de Receitas Federais] ou qualquer outra integração”, detalha Neves.
José Carlos da Fonseca acrescentou que todos os DARFs passarão a ser impressos com códigos de barra e query code para facilitar pagamentos via Pix. (Agência Brasil)
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Deputada Natália Bonavides denuncia Flávio Bolsonaro por usar a Receita Federal para se defender no caso das Rachadinhas
A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) protocolou representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o órgão investigue o senador Flávio Bolsonaro (Podemos) por usar a Receita Federal no caso das “rachadinhas”, nos tempos em que atuou como deputado estadual do Rio de Janeiro.
Natália se baseou em documentos publicados pela reportagem da Folha de São Paulo, divulgada na segunda-feira, 22/2, que trouxe informações inéditas de que o senador e seus advogados intervieram em órgãos do Governo Federal.
“A interferência de Flávio Bolsonaro na Receita foi criminosa e precisa ser investigada urgentemente. Protocolamos uma nova representação, juntando às outras que já fizemos, para que enfim ele seja responsabilizado pelos crimes que cometeu”, pontuou Bonavides.
A deputada já havia protocolado Notícia de Fato em 2021 solicitando investigação para saber se a família Bolsonaro mobilizou órgãos do governo para tentar anular as investigações contra o senador Flávio Bolsonaro nesse caso. A PGR abriu a investigação preliminar à época contra o senador, o presidente da República Jair Bolsonaro (Partido Liberal), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o diretor da ABIN, Alexandre Ramagem.
Na representação protocolada hoje, a parlamentar destaca que a interferência do filho de Bolsonaro na Receita Federal configura delito de Advocacia Administrativa, previsto no Código Penal, e improbidade administrativa, previsto no código civil.
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O Governo do Estado do Rio Grande do Norte não vai exigir receita médica para a vacinação de criança contra a covid. A gestão estadual divulgou nota sobre o assunto. Veja:
*NOTA*
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informa que a respeito da vacinação contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos no Rio Grande do Norte não será exigido qualquer tipo de receita médica para imunização. A decisão foi confirmada em reunião extraordinária da Comissão de Gestores Bipartite (CIB) na tarde desta terça-feira (28), reunindo a gestão da Sesap e representação dos municípios potiguares.
As crianças que se apresentarem, indistintamente, acompanhadas pelos pais ou responsáveis legais receberão a vacina em todos os pontos de vacinação do SUS no estado. Será exigido documento de identificação oficial da criança, para fins de registro do imunizante e comprovação da faixa de idade, seguindo o procedimento padrão do sistema de imunização consolidado. A medida segue a orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovou a utilização do imunizante da Pfizer para o Brasil. A Sesap e os municípios aguardarão o envio de doses por parte do Ministério da Saúde para iniciar a imunização das crianças no RN.
_Natal, 28 de dezembro de 2021._
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA
Câmara aprova “cheque em branco” para prefeito de Mossoró gastar dinheiro da iluminação pública
A Câmara Municipal de Mossoró, por maioria de seus membros, aprovou nesta quarta-feira, o projeto de lei complementar 04/2021, que estabelece a desvinculação de 30% da receita da Contribuição da Iluminação Pública (CIP).
Com a aprovação, o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) passa a ter em mãos cerca de R$ 6 milhões para gastar como quiser. Um verdadeiro “cheque em branco”, na definição de vereadores contrários à proposta.
Os vereadores governistas rejeitaram, inclusive, emenda da vereadora Marleide Cunha (PT) que estabelecia que os recursos desvinculados fossem investidos em ações nas áreas da assistência social, saúde e educação.
A matéria foi aprovada pela comissão de redação, constituição e justiça, por 2 a 1. Integrante da comissão, a vereadora Larissa Rosado (PSDB) viu inconstitucionalidade da proposta, mas foi vencida por Tony Fernandes (Solidariedade) e Raério Araújo (PSD). Tony Fernandes, inclusive destacou que o tema era controverso e viu a possibilidade de a decisão final sobre a matéria ser do Judiciário.
Contrário à proposta, o vereador Didi de Arnor criticou o fato de o prefeito, que propôs a desvinculação, não informar em que o dinheiro será utilizado. “Esse dinheiro não vai chegar em benefícios para a população. Esse dinheiro vai chegar na administração para pagar cargos”, criticou.
A proposta teve 14 votos favoráveis e 6 contrários. Dois vereadores estavam ausentes. Veja como votou cada vereador:
Favoráveis
Tony Fernandes (Solidariedade)
Raério Araújo (PSD)
Isaac da Casca (DC)
Genilson Alves (PROS)
Marckuty da Maisa (Solidariedade)
Lucas das Malhas (MDB)
Wiginis do Gás (Podemos)
Carmen Júlia (MDB)
Costinha (MDB)
Edson Carlos (Cidadania)
Lamarque Oliveira (PSC)
Naldo Feitosa (PSC)
Omar Nogueira (Patriota)
Ricardo de Dodoca (PP)
Contrários
Didi de Arnor (Republicanos)
Francisco Carlos (PP)
Marleide Cunha (PT)
Zé Peixeiro (PP)
Pablo Aires (PSB)
Larissa Rosado (PSDB)
Ausentes
Gideon Ismaias (Cidadania)
Paulo Igo (Solidariedade)
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O volume arrecadado com tributos estaduais atingiu um volume recorde para o mês de agosto com um total de R$ 659 milhões. O bom desempenho se deve às ações adotadas pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN).
O Rio Grande do Norte registrou um aumento recorde para o mês de agosto na arrecadação dos tributos estaduais com um volume de R$ 659 milhões. Esse montante representa um crescimento de 23% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o RN recolheu R$ 535 milhões, e um avanço em torno de 5,6% em relação ao mês anterior. Em julho, o valor recolhido foi de aproximadamente R$ 624 milhões. Esse resultado é fruto das estratégias adotadas pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que desde o início do ano tem adotado ações de fiscalização e implantado malhas fiscais que inibem a sonegação.
O bom resultado da arrecadação é um dos destaques da 22ª edição do Boletim de Atividades Econômicas do RN, elaborado por auditores da SET-RN. O levantamento foi divulgado na terça-feira, 14/9, e, além dos números da arrecadação, traz dados sobre as operações comerciais das empresas contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). O informativo mensal reúne os principais indicadores da economia do Rio Grande do Norte a partir da emissão de notas fiscais e do volume negociado pelas empresas. A publicação completa está no site www.set.rn.gov.br/.
O total arrecadado é o maior do ano e, levando em conta os 12 últimos meses, só fica atrás do que foi recolhido em dezembro [tradicionalmente, um dos melhores meses em função das vendas de fim de ano] de 2020, quando o RN recolheu R$ 690 milhões. O recolhimento de ICMS foi o maior responsável pelo crescimento, já que esse imposto representou 92% do total arrecadado. Em agosto, esse tributo gerou um volume de R$ 610 milhões, enquanto em julho o valor tinha sido R$ 567 milhões e em agosto do ano passado R$ 420 milhões, o que significa um crescimento de 21% no comparativo com o referido período do ano passado.
Faturamento das empresas – De acordo com o boletim, o volume médio de faturamento diário das empresas da indústria, comércio e dos setores de combustíveis, energia e telecomunicações também tiveram leve alta. As vendas atingiram, em média, R$ 359 milhões por dia em agosto, com a emissão de 1,01 milhão de documentos fiscais por dia. Em julho deste ano, esse valor foi perto de R$ 352 milhões por dia.
Os maiores volumes foram negociados pelas empresas do comércio varejista, que venderam mais R$ 91,3 milhões por dia ao longo do mês passado. Já o setor atacadista teve um faturamento médio diário de R$ 57,4 milhões, seguido dos postos de combustíveis que chegaram a vender um volume médio de R$ 53,3 milhões por dia no mês. A indústria de transformação alcançou uma média diária de vendas da ordem de R$ 49,5 milhões.
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