De janeiro a abril deste ano o Rio Grande do Norte registrou um aumento de 30,7% no número total de transplantes de órgãos realizados, se comparado ao 1º quadrimestre de 2023. O maior percentual de aumento foi o de córneas com 74%, seguido de medula óssea com 23%.
De acordo com a Subcoordenadoria de Transplantes de Órgãos da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), no 1º quadrimestre de 2024 foram realizados 136 transplantes de órgãos no RN, sendo 15 transplantes renais, 68 de córneas e 53 transplantes de medula óssea. No mesmo período, em 2023, foram realizados 103 transplantes no estado (18 renais, 39 de córneas, 03 cardíacos e 43 de medula óssea).
“Este ano houve um aumento nas doações de órgãos provenientes de outros estados. Além disso conseguimos mais captações, através da conscientização da população para a doação e das constantes capacitações que fazemos com as equipes das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes”, explicou a coordenadora da Central de Transplantes do RN, Rogéria Medeiros.
O número de doações de órgãos no RN também aumentou no primeiro quadrimestre de 2024, sendo 13 doadores de múltiplos órgãos e 33 doações de córneas; um aumento de 30% e 26%, respectivamente. Em 2023 foram 10 doações de múltiplos órgãos e 26 de córneas.
Rogéria explicou que o número de transplantes realizados não está relacionado com o número de captações que acontece no estado, pois existem órgãos e tecidos advindos de outros estados. “Por isso, muitas vezes existe discrepância entre os dados das tabelas de transplantes realizados se comparados ao número de doações”, pontuou.
Lista de espera – No Rio Grande do Norte a lista de espera para transplantes, até o final de abril deste ano, era de: 595 pacientes para transplante de córneas, 330 para transplante renal, 16 pacientes para medula óssea e 1 paciente para transplante cardíaco.
Ainda para 2024 a equipe da Central de Transplantes espera expandir ainda mais os serviços. “Planejamos para este ano credenciar o serviço de transplante de pele no RN, aumentar o número de Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) ativas e continuarmos com nosso projeto de educação continuada pelos hospitais do estado”, finalizou Rogéria Medeiros.