Ugmar Nogueira
Referência de educação na zona rural em gestões passadas, a Escola Municipal Doutor José Gonçalves, localizada na comunidade de São João da Várzea, é hoje o retrato do abandono. Descaso total da prefeitura com aquela unidade educacional.
Falta de professores, ausência de apoio para realização de atividades e Atendimento Educacional Especializado (AEE) abandonado são alguns dos problemas enfrentados pela comunidade escolar. “Difícil demais essa situação”, revela um docente, que pediu para ter a identidade preservada.
Um outro professor informou ao Blog Na Boca da Noite que a prefeitura se recusou até mesmo a fornecer um ônibus para a escola para uma atividade pontual. Alegaram que os veículos estão em manutenção.
“Decidimos fazer uma atividade presencial com os alunos que estão em situação crítica, tentar recuperar o máximo possível, resgatar esses alunos, e a resposta foi que não tem ônibus. Podemos fazer a ação, porém os alunos que se virem para chegar até a escola”, relata o professor.
A atividade presencial seria tanto para melhoria da aprendizagem dos alunos quanto preparação para os que vão participar das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).
O docente revela que os alunos estão sendo prejudicados pela falta de professores. “Estamos sem professor de Ciência, História, Artes e Inglês. De Ciências, chamaram agora, mas as demais disciplinas não há sequer previsão”, destaca o denunciante, alegando que essa é uma das razões para que apenas 30% a 40% dos estudantes estejam participando das atividades letivas.
Outro problema registrado é a falta de professor na Sala de Atendimento Educacional Especializado. “Vários alunos com necessidades especiais abandonados pela prefeitura”, acresce.
De acordo com os denunciantes, a gestão da escola tem dito à equipe que tem informado à Secretaria Municipal de Educação (SME), mas sem obter retorno às demandas apresentadas. O Conselho Escolar também enviou ofício à secretaria. Apelos também ignorados.
O Blog Na Boca da Noite apresentou à assessoria da SME no dia 13 passado. Até o fechamento dessa matéria (8h40 desta terça-feira, 16/11), não havíamos recebido respostas aos questionamentos apresentados.
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