A fonoaudióloga Ana Carolina Dantas enfrentou verdadeira via crúcis na noite desta segunda-feira, 18/4, para que sua avó, Maria Eremita de Figueiredo, de 81 anos, com suspeita de infarto, fosse atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Natal.

Ela esteve inicialmente em Pajuçara, que se recusou a recebê-la por causa de superlotação. Após essa recusa, elas se dirigiram à UPA de Potengi, onde a paciente sofria com baixa saturação e a unidade também se recusava a atendê-la, também pelo mesmo motivo. Para piorar a situação, o oxigênio do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU) acabava a cada instante, obrigando a equipe a providenciar o suprimento.

Ana Carolina conta que as equipes do SAMU foram atenciosos, profissionais e diligentes, mas as UPAs se recusaram a atender sua avó. “Chegamos às 18h30 na UPA e o atendimento somente foi feito às 22h, após a chegada de uma advogada”, informou a fonoaudióloga ao Blog Na Boca da Noite.

A demora fez com que a situação clínica da paciente se agravasse. Com o agravamento, ela precisou ser entubada, por volta de 1h da madrugada de hoje. Está numa sala vermelha da UPA sob tratamento medicamentoso para tentar expandir a capacidade pulmonar.

A direção da UPA Potengi disse que a demora no atendimento se deu em virtude de superlotação. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) não se pronunciou sobre o caso.

 

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