As dificuldades enfrentadas pelas mulheres que jogam futebol de salão

por Ugmar Nogueira
A+A-
Reiniciar

Ainda há muito preconceito e discriminação quando o esporte é praticado por mulheres. Principalmente se a modalidade tiver forte identificação com o universo masculino, como acontece com o futebol, seja de campo ou de salão. Some-se a isso às dificuldades da falta de apoio dos governos.

Nada disso, porém, foi suficiente para desanimar Estefany Dantas. Ex-aluna da Escola Municipal Duarte Filho, ela iniciou batalha para que o futebol de salão fosse possível a ela a a outras colegas entusiastas do esporte. Juntou algumas amigas, convidou o professor Leandro Barbosa para ser o treinador e, dessa forma, começou a ganhar corpo o Atlético Mossoroense Feminino, equipe que já conta com cerca de 30 meninas. No início eram no máximo 10.

Além das jogadoras, o clube tem diretoria e comissão técnica. Todos apaixonados pelo esporte e voluntariosos seres humanos a contribuir com a realização do sonho dessas atletas, que treinam 4 vezes por semana: às segundas e sextas-feiras, na Escola Estadual Maria Stella (Liberdade I), às 17h30; e terças e quintas-feiras, às 18h, na Escola Municipal Duarte Filho (Walfredo Gurgel).

“Foi um projeto que começou do nada e em pouco tempo já tem uma grande dimensão. Eu não esperava que fosse criar uma proporção tão grande em tão pouco tempo. Mesmo sem nenhum suporte do poder público”, diz Estefany.

O Atlético Mossoroense Feminino, gestado a partir da luta dela, conta com William Sousa, o Nenén, como presidente e Simone Morgan como assistente. Há ainda outras pessoas atuando na organização e apoio. Todos voluntariamente. “A comissão técnica já tem mais de 5 pessoas”, revela Neném.

Duas situações confirmam as dificuldades e o preconceito enfrentados pelas mulheres que tentam praticar esporte: uma das atletas do Atlético Mossoroense Feminino mora na Nova Mossoró e atravessa a cidade de um lado ao outro para praticar o esporte que ama. No bairro onde mora não há mulheres organizadas jogando futebol de salão.

O relato de Rafaela Andrade também é emblemático. Apaixonada pelo futebol de salão desde pequena, teve que abandoar o esporte depois que casou. Durante os 10 anos em que permaneceu casada não pode jogar, pois o marido não queria. Voltou para a quadra depois que o matrimônio fracassou. “Ainda existe discriminação, mas pouco a pouco temos conseguido algum espaço”, diz, feliz.

 

Atlético Mossoroense Feminino

 

Simone, Estefany e Rafaela: superando dificuldades

 

Nosso e-mail: redacaobocadanoite@gmail.com

 

Publicidade

Postagens relacionadas

1 comentário

Prática de esportes cresce em Mossoró, apesar da crônica falta de apoio - nabocadanoite.com.br 10/09/2021 - 09:58

[…] As dificuldades enfrentadas pelas mulheres que jogam futebol de salão […]

Responder

Deixe um comentário

* Ao usar este formulário, você concorda com o armazenamento e o manuseio dos seus dados por este site.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais