Crescimento do onshore provoca retorno de empresas ao setor

por Ugmar Nogueira
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A combinação entre perspectiva de crescimento da produção de petróleo e gás em terra (onshore) no país – que segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deve alcançar 134 mil barris ao dia até 2032 – e a geração de novas oportunidades de negócios atrai de volta empresas que deixaram o segmento no auge do declínio da produção, em 2015. No Rio Grande do Norte, maior produtor do onshore brasileiro, o cenário é constatado pela Redepetro/RN, entidade que congrega fornecedores de bens e serviços do setor. Segundo a associação, o total de associados saltou de 13 para 52, no período compreendido entre 2015 e julho deste ano, entre eles, empreendimentos com atuação em outros segmentos.

Os dados foram apresentados pelo presidente da Redepetro/RN, Gutemberg Dias, em palestra ministrada nesta quarta-feira (10), no evento Energia 50+50 realizado pelo Sebrae, em Brasília. Para ele, os números otimistas previstos para o setor alavancam toda a cadeia produtiva do onshore. Atualmente, o Rio Grande do Norte produz, diariamente, 40,6 mil Barris de Óleo Equivalente (Boe).

“Algumas empresas que estavam fora do circuito estão retomando, voltando às suas atividades na área de petróleo e gás e isso é muito gratificante, porque são empresas que têm potencial de desenvolvimento têm mão de obra qualificada e elas saíram do segmento do petróleo e gás, foram para um outro ambiente de negócio para poder sobreviver e agora fazem o caminho de volta”, revelou.

Ainda segundo Dias, devido à extensão da cadeia produtiva do petróleo e gás, as oportunidades se multiplicam e tornam o ambiente ainda mais favorável a partir da presença das operadoras independentes e os elevados investimentos previstos para a operação dos chamados poços maduros. Fatores como a cadeia de fornecimento madura, aproximação com compradores, qualificação das empresas, além de logística facilitada devem contribuir para a inserção de novos negócios locais.

“A cadeia produtiva é bem extensa, então a gente, às vezes, fico muito preso àquela questão do operador e fornecedor. Mas além do operador você tem todo um leque, você vai ter a parte de refino, de transporte, ou seja, dá para se trabalhar a cadeia em vários negócios, em várias áreas desse segmento. E com a presença das operadoras independentes, temos um novo cenário: temos proximidade com compradores, logística e uma cadeia estruturada, pronta para aproveitar as oportunidades”, alertou o presidente.

*Parceria*

Na palestra, Gutemberg Dias destacou, ainda, o papel decisivo do Sebrae para o fortalecimento da cadeia produtiva do petróleo e gás, não só no Rio Grande do Norte, mas no Brasil.

“A Redepetro nasceu com o Sebrae, que muito contribuiu e contribui para fortalecer os pequenos negócios do setor, para torná-los mais competitivos e qualificados para enfrentar o mercado e aproveitar as oportunidades. Seja oferecendo qualificação às empresas, seja gerando oportunidades de negócios e inserção no mercado, seja criando medidas como o Polo de Referência do Petróleo e Gás, o Sebrae desempenha papel fundamental na cadeia de petróleo e gás”, destacou.

O evento Energia 50+50 Sebrae faz parte da programação que celebra o cinquentenário de criação do Sebrae e debateu, nos dias 9 e 10, os cenários e oportunidades da matriz energética brasileira, na perspectiva de gestão da energia e geração de negócios no país.

 

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