A prefeita de Tibau, Lidiane Marques de Souza (UB), parece determinada a desafiar a justiça, desconsiderando repetidamente os princípios de transparência e legalidade que deveriam nortear sua administração. Em meio a uma série de denúncias que já pairam sobre sua gestão, surge um novo e alarmante caso que reforça as suspeitas de irregularidades e favorecimentos.
O mais recente envolve a empresa Leila Ferreira da Silva, uma entidade recém-constituída, em 11 de janeiro de 2023, com sede na Avenida Tarcísio Maia, centro de Tibau. Esta empresa foi declarada vencedora do Pregão Eletrônico nº 9/2024, no valor de R$ 149.451,20.
O contrato, destinado à aquisição parcelada de materiais de videomonitoramento e equipamentos de segurança para diversas secretarias municipais, deveria ser uma ação para reforçar a segurança pública da cidade.
Contudo, uma análise mais cuidadosa dos fatos revela uma série de irregularidades e indícios de favorecimento que levantam sérias dúvidas sobre a legalidade do processo.
Primeiro, e mais importante, é que a natureza das atividades da empresa vencedora não corresponde ao objeto da licitação. Conforme o Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, a empresa Leila Ferreira da Silva é registrada para a comercialização de utensílios domésticos, e não de equipamentos de videomonitoramento ou segurança.
A disparidade entre o que a empresa oferece e o que foi contratado pela prefeitura é gritante e sugere uma manipulação grosseira do processo licitatório.
Além disso, a data da homologação da licitação também não passa despercebido. A aprovação ocorreu em 2 de julho de 2024, coincidentemente poucos dias antes do anúncio de José Haroldo de Souza como pré-candidato a vice-prefeito na chapa de reeleição de Lidiane Marques.
E como se isso não fosse suficiente, surge a revelação mais preocupante: a proprietária da empresa vencedora da licitação é cunhada de Haroldo, levantando graves suspeitas de nepotismo e de uso da máquina pública para favorecimentos pessoais.
Esses fatos indicam não apenas uma possível fraude licitatória, mas também uma afronta clara à justiça e à moralidade administrativa. A relação próxima entre a vencedora da licitação e o pré-candidato a vice-prefeito reforça as suspeitas de que a gestão de Lidiane Marques está mais interessada em beneficiar aliados e familiares do que em governar com seriedade e compromisso com a população de Tibau.
O caso expõe as fragilidades de uma administração que parece se sustentar em alianças questionáveis e práticas que colocam em risco o futuro e a credibilidade de Tibau. Afinal, quem mais pagará o preço por essa administração?
O Boca da Noite questinou a Prefeitura de Tibau sobre os fatos suspeitos, mas não obteve retorno dos questionamentos apresentados.
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