Adna Passos* é servidora da rede municipal de Saúde da prefeitura de Mossoró. Tem dois filhos e trabalha numa Unidade Básica de Saúde (UBS). É a chefe da casa e a provadora do lar. Para dar conta de todas as despesas mensais, as horas extras que ela ganha trabalhando em plantões numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) são fundamentais. “Tem contas do mês de novembro que ainda não foram pagas”, diz, em tom de tristeza.

A realidade de Adna se assemelha a de muitos servidores municipais que complementam a renda familiar com horas extras. São pais e mães de família que não tem dormido direito porque não sabem de onde vão tirar dinheiro para pagar as dívidas que tendem a se acumular. “Eu gastei para sair de casa e trabalhar à noite e agora não recebo nem o obrigado da gestão por me disponibilizar a cumprir jornada extra de trabalho num horário que nem todos gostam”, lembra Adna.

Francisca Silva, outra servidora prejudicada pela gestão municipal de Mossoró, revela que se o pagamento das horas extras não sair, faturas de serviços básicos, como água e luz, correm risco de não serem pagas. “A prioridade tem sido a compra da comida. Esse mês deu para pagar água e luz. Próximo mês, já não sei”, frisa.

Com dificuldades de caixa por conta da “farra dos empréstimos”, a gestão Allyson Bezerra (UB) massacra os servidores. Além de não pagar o que deve a quem passou o mês abrindo mão de descanso para ter um salário melhor, a gestão ainda usa o seu poder de controlar parte da mídia para passar a impressão de que as pessoas que não receberam as horas extras são desonestas (estariam querendo receber sem ter trabalhado) ou ganham muito (não precisam, portanto, receber o que lhes é de direito).

* Nomes fictícios para preservar as servidora, que temem ainda mais perseguição

One thought on “O drama dos servidores massacrados pela gestão Allyson Bezerra

  1. É o prazer dessa gestão, massacra, usurpar nossos direitos e fino no calote. Ainda esperando os 14,95% que virão com juros e correções.

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