Semana é marcada por derrota fragorosa de Allyson

Mesmo com várias tentativas de burlar o processo, gestor não conseguiu eleger sua chapa para o conselho do Previ Mossoró

por Ugmar Nogueira
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O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil) tem muito interesse em controlar o conselho do Instituto de Previdência de Mossoró (Previ Mossoró). Os mais de R$ 200 milhões que tem no cofre da autarquia talvez explique o demasiado interesse.

O certo é que o prefeito fez de tudo para emplacar vassalos seus no colegiado.

Primeiro, criou uma lei para passar para a prefeitura o direito de escolher os representantes dos trabalhadores. Quem fazia o pleito era o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM). Antes, porém, já tinha criado uma associação pelega para evitar ter que negociar com o SINDISERPUM, entidade que é legitimamente a representante dos servidores.

Não satisfeito em realizar um processo pré-votação cheio de má intenções, o prefeito criou duas atividades para desmobilizar os servidores, principalmente os professores.

Na quinta-feira passada, 9/10, obrigou as escolas a levar os alunos para ir ao ginásio municipal para bater palmas para os projetos eleitoreiros que ele criou. Mesmo com o ginásio não estão em condições de receber público em segurança, a prefeitura submeteu crianças e adolescentes ao risco.

Não satisfeita, a gestão repetiu a dose na sexta-feira, dia da votação. Mais uma vez obrigou as escolas a levar os estudantes do 5º Ano para ir ao ginásio municipal. O pretexto seria a realização de um aulão do Saeb.

O aulão foi um fracasso porque, de fato, não era para isso que a convocação foi pensada. O ginásio, quente, inseguro e sem acústica, não propiciou a atividade. O simulado de Língua Portuguesa constava de 18 questões. Apenas 7 foram trabalhadas. O calor insuportável obrigou a prefeitura e encerrá-lo. Deu tempo apenas de se fazer vídeos e fotos para propaganda pessoal de Allyson Bezerra. E, claro, desmobilizar os professores para não ir votar na eleição do Previ Mossoró.

Para completar o cenário, os locais de votação abriram mais tarde que o horário previsto no edital. Além disso, os mesários eram membros da chapa apoiada pelo prefeito. Também faltaram nomes de servidores legitimamente aptos ao voto. E, a pior das gravidades: as cédulas não eram assinadas nem carimbadas.

Mesmo com todas as tentativas de fraudar o processo, o prefeito levou uma “tremenda” surra. Sua chapa recebeu apenas 162 votos, enquanto a chapa que verdadeiramente representa os trabalhadores obteve 680. Uma diferença de 518 votos. Uma derrota fragorosa para o vaidoso e ardiloso prefeito.

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1 comentário

José Dantas da Rocha 12/10/2025 - 11:59

Ninguém sabe o interesse do prefeito com a PREVI, todos mossoroenses,porque isso não é justo,lugar de prefeito é no gabinete,os secretário indicados pelo mesmo,toma de conta de seus cargos.

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