Diante da redução das testagens virais devido à sobrecarga no sistema de saúde com a Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual IST/AIDS e Hepatites Virais da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), alerta a população sobre os casos de infecções por hepatites virais no Rio Grande do Norte e orienta sobre a realização de testes rápidos para detecção das doenças.

As hepatites virais são doenças causadas por diferentes vírus que provocam alterações no fígado. No Brasil, as mais comuns são causadas pelo vírus A, B e C. Na maioria das vezes, as pessoas não apresentam sintomas ou desconhecem ter a infecção, tornando-se portadoras do vírus B ou C, aumentando os riscos da infecção evoluir e virar crônica, causando danos graves ao fígado, como cirrose e câncer.

Em 2020, foram confirmados 155 casos de hepatites virais no RN, sendo 01 caso de hepatite A, 43 casos de hepatite B, e 111 casos de hepatite C, apresentando uma redução de 33,5% nos casos confirmados em relação ao ano anterior.

Além desses dados, o monitoramento realizado através do Sistema de Controle Logístico de Insumos Laboratoriais (SISLOGLAB) mostra uma redução de 18% e 25%, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente, no número de testes rápidos para hepatite B e C realizados no estado.

Teste Rápido – Considerando esse cenário, a Sesap informa a população que os testes rápidos são disponibilizados pelos SUS e podem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) dos municípios e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA’s).

É importante destacar que o diagnóstico das hepatites virais ocorre, geralmente, após a testagem rápida de rotina ou doação de sangue. Assim, se faz necessário a ampliação da realização de testes rápidos de hepatite B e C para o diagnóstico precoce das doenças.

Apesar do declínio nas notificações de casos, os esforços para enfrentamento das hepatites virais não podem ser paralisados ou atenuados. A Sesap, através do Programa Estadual IST/AIDS e Hepatites Virais, recomenda para os municípios a continuidade da oferta dos serviços de vacinação contra hepatite A, conforme faixas etárias preconizadas pelo Ministério da Saúde, e contra a hepatite B para todas as faixas etárias; a realização da testagem rápida para Hepatite B e C; além da distribuição de preservativos e definição de estratégias, seguindo as diretrizes nacionais, a fim de garantir condições de segurança para população e equipes da saúde.

 

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