Segundo dados da Vigilância Sanitária em Mossoró, cerca de 180 profissionais da área da Saúde do município estão afastados vitimados pela covid-19. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) já havia recebido informações neste sentido durante a assembleia realizada no dia 19/1.
Além de denunciar essa situação, o sindicato questiona se quem vai preencher a lacuna deixada pelos profissionais adoecidos. “A realização de concurso público tem sido uma pauta permanente do Sindiserpum, mas ignorada por todas as gestões, inclusive a atual. Vê-se agora o quanto é necessária”, destaca a professora Eliete Vieira, presidenta do sindicato.
Ela lembra que em plena pandemia, os servidores da Saúde ainda esperam o seu reajuste anual e a insalubridade máxima de 40% estabelecida no início deste período obscuro e sem prazo para finalizar, lhes foi retirada pela gestão municipal; o valor dos plantões está congelado há anos. “Nem vamos citar as condições de trabalho, mas não precisa muito para identificar que não são das melhores. Como não adoecer?”, questiona a sindicalista
Eliete Vieira fala também sobre as Unidade de Pronto Atendimento *UPA´s). “As UPAs estão se transformando em depósito de gente”. Ouvimos de servidor que prefere não se identificar temendo represálias (e elas existem). “Estamos cuidado da vida dos outros, mas quem está cuidando das nossas?” Questiona um segundo. No cumprimento de sua obrigação o atual gestor investe em propaganda para anunciar com pompa mudanças de níveis. É o mínimo que se espera de quem se assenta naquela cadeira e, no mais, não passa disso, sua obrigação. Mas é preciso mais, muito mais”, acrescenta.
A sindicalista reforça que o servidor público da Saúde municipal está adoecido, está na linha de frente e sem escudos e desvalorizado. “Adoecida a própria saúde, quem cuidará da população? Está faltando sensibilidade a quem prometeu valorização, ou então desconhece o significado das palavras. A pandemia não acabou, a insalubridade sim! Por menos aplausos, por mais valorização! Insalubridade máxima já”, finaliza.
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Interessante isso, o prefeito enquanto candidato prometia transformar a saúde pública do município em alta qualidade e hoje nos deparamos com uma situação precária.
O cidadão é uma cópia renovada do Bolsonaro. Fala muito e age pouco.