O parlamento federal brasileiro é organizado como um poder bicameral. São duas casas legislativas. Uma formada por deputados federais e outra composta por senadores. Os deputados, num total de 513, são eleitos como representantes do povo. Participam, portanto, de eleições proporcionais. O número de parlamentares é definido proporcionalmente pelo tamanho do Estado.

Já os senadores concorrem em eleições proporcionais. Cada Estado, independente do seu tamanho, conta com 3 senadores. Esses parlamentares atuam, portanto, como representantes e defensores dos interesses das unidades federativas estaduais.

Trata-se de lição quase elementar e, que, infelizmente, por má-fé, incompetência ou maldade, vem sendo ignorada pelo senador potiguar Styvenson Valentim (Podemos). Além de votar a favor de projeto do governo Bolsonaro (PL) que retira recursos dos Estados e municípios, Valentim ignorou quando foi alertado sobre esse problema. “Vem me dizer sobre perda de arrecadação? Vai se rear pra lá”, disse Valentim, ignorando as dificuldades de orçamento da maioria dos Estados e municípios, e esquecendo que é um senador.

Lamenta-se que Valentim tenha linguajar tão chulo, uma preocupação tão pequena com finanças públicas e visão tão tacanha sobre a importância dos tributos para a população. O senador fez um gol contra o Rio Grande do Norte. Ao justificar a canelada, foi ainda pior: assumiu que, propositadamente, contribuiu para piorar a vida das pessoas. Valentim não diz que sim ou não, mas figura entre os pré-candidatos a governador do Rio Grande do Norte. Seu cartão de visitas é o anúncio de uma tragédia.

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