Na tarde desta quarta-feira (09), a Câmara Municipal de Mossoró foi palco de uma audiência pública que deveria promover um debate sério e qualificado sobre a educação especial na perspectiva da educação inclusiva. No entanto, o que se viu foi uma tentativa clara do prefeito Allyson Bezerra (UB) de esvaziar o espaço democrático e transformar o evento em um verdadeiro circo.
O gestor, mais uma vez, lotou as dependências com ocupantes de cargos comissionados para tumultuar a sessão. Domesticados pela gestão, os comissionados causaram verdadeira baderna e impediram a ampla participação da sociedade civil, educadores e ativistas da causa da educação inclusiva. A presença em bloco dos cargos comissionados teve como objetivo blindar o programa municipal Incluir — alvo de críticas por sua abordagem superficial e por promover a precarização do ensino de pessoas com deficiência e autismo nas escolas.
Enquanto o discurso oficial tenta vender o Incluir como uma política de avanço, a realidade nas escolas mostra o contrário: falta de profissionais qualificados, ausência de estrutura adequada e negligência com os princípios da educação inclusiva. O programa, ao invés de incluir, marginaliza ainda mais quem precisa de políticas públicas sérias e efetivas.
O uso da máquina pública para defender um projeto ineficaz, por meio de ações ensaiadas e ocupação política de um espaço que deveria ser plural, é um desrespeito à população e à luta histórica das pessoas com deficiência e autismo por inclusão de verdade. (Informações e imagem: Mossoró Realista)
Tirano
Reforma administrativa de Allyson: mais poder para o prefeito e estrutura contra adversários
O prefeito Allyson Bezerra (UB) enviou à Câmara Municipal um projeto de lei modificando a estrutura da prefeitura de Mossoró. Ao custo anual de R$ 8 milhões, as mudanças vão além da criação de secretarias e subsecretarias e do aumento – mais um – no número de cargos comissionados.
A proposta concentra cada vez mais poder nas mãos do engenheiro Allyson Bezerra. Tanto no número cada vez maior de pessoas atuando na prefeitura sob portarias, fazendo o que o prefeito quer e se recusando a fazer o que a prefeitura precisa fazer. Às vezes, as necessidades do povo são antagônicas com os interesses do prefeito (confirme aqui e aqui).
A concentração ainda maior de poder advém também da vinculação de algumas pastas ao prefeito. É o que acontece, por exemplo, com a Secretaria Municipal de Comunicação Social (SECOM), agora, conforme a lei a ser votada pelo Legislativo, “subordinada diretamente ao prefeito de Mossoró”. Ou seja, a vergonha que já acontecia de fato será legitimada por direito.
O prefeito está propondo a criação do Gabinete de Segurança Institucional Municipal (GSIM), “destinado a planejar, coordenar, controlar, fiscalizar e sistematizar os procedimentos, ações e serviços de segurança institucional”. Não é apenas a megalomania de Allyson que está em jogo quando ele decide criar um órgão semelhante ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. A definição das demais ações e atividades do tal GSIM dá uma noção exata do que realmente pretende o prefeito.
Entre as demais tarefas que caberão ao GSIM, está a elaboração e aprovação de programa destinado à capacitação de agentes de controle e manipulação de informações. O prefeito parece pretender montar uma estrutura para monitorar e espionar os cidadãos mossoroenses, especialmente aqueles que ousem fazer qualquer crítica ao filhote de ditador que dá as ordens no Palácio da Resistência.
Obviamente que a proposta será aprovada pela Câmara Municipal, onde o prefeito tem ampla maioria. Ontem, inclusive, já tinha vereador governista utilizando as redes sociais para “passar pano” para o prefeito, apresentando o projeto como um grande feito, quando na verdade na mais é que ampliar o cabide de empregos em que a prefeitura de Mossoró se tornou.
Comandando a prefeitura de centímetro a centímetro, sem que ninguém tenha autonomia para nada; controlando a Câmara a ponto de indicar quase todos os ocupantes de cargos em comissão, inclusive de gabinetes de vereadores, Allyson concentra cada vez mais poder, um risco para o sistema democrático – em qualquer nível – onde deve prevalecer a correlação de forças. Com o GSIM, Allyson será de vez um gestor plenipotenciário, como gosta de definir um jornalista da cidade, e que hoje figura como um dos principais conselheiros do gestor. Tudo de forma legal, como sempre fazem os tiranos mais cruéis ao longo da História.

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, além de tirano, não está aceitando qualquer crítica de quem quer que seja. Nem mesmo as costumeiras e necessárias observações feitas por pré-candidatos nesse período estão sendo toleradas pelo gestor.
Intocável, Allyson está fazendo de tudo para que os malfeitos de sua gestão sigam escondidos e ele impune pelas possíveis irregularidades. É o que denuncia o ex-vereador Genivan Vale, pré-candidato a prefeito pelo Partido Liberal (PL).
Segundo o pré-candidato, Allyson persegue, intimida, faz ameaças e ainda processa quem ousa lhe fazer a mínima crítica.
“Não é enchendo a justiça com processos contra nós que ele vai nos impedir de mostrar a Mossoró de verdade. Não é com perseguição e nem com ameaças de demissão a servidores que nos apoiam que ele vai nos silenciar. A nossa pré-campanha tem sido a voz dos mossoroenses insatisfeitos”, denuncia Genivan, que chama o prefeito de ditador e tirano. Veja abaixo o vídeo:
Prefeito Allyson Bezerra quer proibir até uso de expressões populares e de figuras de linguagem em Mossoró
* Márcio Alexandre
Atenção aos que pensam e escrevem e, principalmente, pensam em escrever para discordar, criticar, analisar ou avaliar qualquer coisa da gestão Allyson Bezerra (União Brasil): tenham cuidado com as palavras, vigiem os vocábulos e, jamais, em tempo algum, façam uso de expressões populares e/ou utilizem figuras de linguagem.
Se cometerem o desatino de o fazer, preparem-se para enfrentar o desatino do gestor, a ira dos seus puxa-sacos e, principalmente, o poder de quem pode. Não é fácil fazer Jornalismo quando se está diante do aparelhamento das instituições.
Qualquer crítica, por mínima que seja, tem sido rebatida pelo prefeito em forma de demanda judicial. A gestão Allyson Bezerra, covarde e calhordamente, se recusa a responder a qualquer questionamento dos órgãos de imprensa sérios para recorrer ao Pretório na condição de vítima. Às vezes, “quem mente antes diz a verdade”.
Ironicamente, o prefeito não aceita o sistema pelo qual ele foi eleito: a tal Democracia, esse sistema que garante a todos e a cada um o livre direito de se expressar. O sacrossanto exercício do Jornalismo. A inabalável faculdade de discordar.
O prefeito tem acionado judicialmente quase todos os poucos meios de comunicação da cidade que ousam pensar. Que “cometem o atroz crime” de apontar as falhas de sua gestão. Os erros (e não são poucos) que ele comete no comando da municipalidade.
Basta uma palavra que o gestor imagine ser direcionada a ele que a carapuça cai como uma luva. Não se pode mais, por exemplo, lembrar o velho adágio popular segundo o qual é erro grotesco deixar a raposa tomar conta do galinheiro. Perseguidor e hiperbólico ao extremo, não será surpresa se ele quiser manter em prisão perpétua quem ousar dizer, em qualquer situação comezinha, “que ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”.
Em Mossoró, todos sabemos, toda e qualquer ação tocada pela gestão Allyson Bezerra é enfeitada com adereços do exagero: é o maior Cidade Junina de todos os tempos. O mais importante programa educacional da história de Mossoró. As mais necessárias obras em séculos. A única coisa que se tem em Mossoró em profusão é perseguição: política, jurídica, profissional. Paupérrima tirania. De um tirano que de pobre não tem nada.
E permitam a ousadia de usar apenas uma expressão popular – enquanto ainda posso -, pois “para bom entendedor, meia palavra basta”.
* Professor e jornalista

* Márcio Alexandre
Acuado, assustado, com medo. Inseguro, isolado, sem defesa. O tirano está na defensiva. Todo o mal que prega, planeja e executa pesa sobre seus ombros. Alguns dos erros trazendo consequências. Muitas das irregularidades vindo à consciência. Diversos dos crimes na iminência da comprovação.
Preso pelas circunstâncias. Encurralado pelas suspeitas. Amarrado pelas evidências. Restou a encenação. O espetáculo tosco. O teatro dos horrores.
Para os que são ruins e não cansam de arruinar os outros, só resta uma alternativa: fingir fraqueza. Recorrer ao vitimismo. Dizer-se perseguido.
O tirano tenta se reerguer. Para isso, é preciso engolir o orgulho, mastigar a arrogância, deglutir a prepotência. É ano eleitoral, é necessário fingir-se pequeno para enganar até os grandes.
O ditador quer ditar a narrativa. Do pobrezinho. Do humilhado. Do humilde.
Apesar da encenação, dá para ver nos olhos a maldade. Dá para sentir nas palavras o ódio. Dá para ver nos gestos a vingança.
O tirano encurralado é um perigo. O próprio fingimento é um ataque. É uma forma de colocar os alienados contra quem denuncia as suspeitas. Contra quem publica as irregularidades. Contra quem poderá punir os crimes.
O tirano acuado é capaz de tudo: de roubar e gritar pega ladrão. De matar e consolar a viúva. De dá rasteira e fingir estender a mão. O problema não é o que faz publicamente. O tenebroso é o que pratica às escondidas. Na sombra da impunidade. Na penumbra da maldade. O que destroi quando finge construir.
Para o tirano, não é fácil descer do pedestal. Não é confortável fingir fraqueza. Não é cômodo emular humildade. Mas é a maneira com que ele mais se fortalece: mentindo, fingindo e enganando.
Vocês entendem de quem estamos falando. Vocês sabem o que ele falou. E não acreditaram. O maldoso sempre finge. Bondade ou sofrimento.
* Professor e jornalista
- * Márcio Alexandre
- Defende, por conhecimento de causa, uma causa importante. Nessa luta, passou mais de três anos sofrendo com a pressão do poder e sendo ignorado por quem pode.
- Foram mais de 3 ano a pão e água. Aliás, nem pão nem água. Só desdém, porta na cara, tripudiação e vetos. Nem para os atos solenes de ações relacionadas à causa a pessoa era convidada. Tratada como um Zé-ninguém.A causa, importantíssima, causa fatos. Alimenta sonhos. Provoca desejos. Instiga projetos. Para a pessoa e para os que fizeram dela sua razão de viver. E foi assim, na esperança de que um mandato seja a uma força a mais a lhe empurrar para a luta, decidiu por o nome em disputa.
Decisão acertada. Depois de fazer várias reflexões, escolheu um partido, mesmo sabendo que nele as chances de vitórias são mínimas. Não errou porque tem pouca possibilidade de sair vitoriosa. Não acertou quando decidiu ir para um sigla que está debaixo das asas do prefeito.
Quisera os anjos que fosse esse apenas seu único “equívoco”. Erro grande, grotesco, fenomenal, está cometendo agora. “Vendo virtudes” no gestor. Embora saiba que Allyson é centralizador, perseguidor, tirano, antidemocrático, maldoso, egoísta, já o defende.
Sofreu dele a perseguição, mas já “esqueceu”. Não lembra do quão maldoso é ao não liberar as emendas impositivas para causas importantes, como a que defende. Também perdeu-se no tempo suas falas sobre tudo de ruim que o prefeito representa.
Além de eleger Allyson como seu malvado favorito, já tem os inimigos dele como desafetos seus também. A agora docilidade com o outrora algoz é tocante. A subserviência é preocupante. Vira-casaca é pouco. É caso de investigação psiquiátrica. Ou policial. Quem sabe?
* Professor e jornalista
Bomba: Prefeito Allyson Bezerra “pede a cabeça” de presidente de fundação em Mossoró
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil) segue sua sanha de fazer política com o fígado. O gestor municipal, na sua habitual incapacidade de ser contrariado, está agindo com muita força e com muita raiva nos partidos e pessoas que não estão aceitando o seu ultimato no que se refere à montagem das chapas que disputarão as vagas da Câmara Municipal.
A vítima da vez é o ex-vereador Jório Nogueira, atual presidente da Fundação Aldenor Nogueira.
A Fundação leva o nome do radialista Aldenor Nogueira, é pai do ex-parlamentar.
Entenda o caso – O irmão de Jório, Jailson Nogueira, ocupa um cargo em comissão na Secretaria de Segurança.
Jailson foi candidato a vereador em 2020 e ficou na primeira suplência de Wigines do Gás. Ocorre que, mesmo estando ocupando cargo na gestão atual, Jailson se filiou ao PL, que até então era aliado do prefeito.
Allyson fez diversas tentativas para tirar Jailson do PL e não conseguiu.
Após seu insucesso, o prefeito achou melhor se vingar do seu irmão Jório Nogueira que está à frente da Fundação.
Para consolidar sua vingança, o prefeito solicitou ao presidente da Câmara, Lawrence Amorim, que fizesse a exoneração de Jório.
O presidente do Legislativo teve uma conversa com Jório ao meio dia desta terça-feira, quando o comunicou do pedido de Allyson. Resta saber se Lawrence vai cumpri-lo.
Importante lembrar que Jório foi vereador em três legislaturas tendo, inclusive, em uma delas, presidido a Câmara de Mossoró.
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil) segue com sua insaciável sanha ditatorial. O gestor mossoroense vem buscando censurar todo e qualquer órgão de imprensa que veicule qualquer notícia que não seja do seu agrado.
Na ação que move contra o Boca da Note, que publicou matéria baseada em dados retirados do Portal da Transparência, o prefeito colocou no polo passivo do processo judicial mais cinco órgãos de imprensa.
Estão sendo interpelados judicialmente o Blog do Barreto, o Blog do Aclecivam Soares, o Blog do João Marcelino, o Blog Alex Silva e o Blog Grande Ponto.
De acordo com petição apresentada pelos advogados do prefeito, esses blogs replicaram a matéria publicada pelo Portal na Boca da Noite.

* Márcio Alexandre
O jornalismo sério, ético e verdadeiro virou uma atividade de risco.
Nos tempos atuais em que reputações são trucidadas no Tribunal eletrônico dos calhordas, levar à sociedade verdades que precisam ser ditas é arriscar-se.
Nós do Portal Na Boca da Noite sofremos, desde 1 de janeiro de 2021, as campanha mais sórdidas, os ataques mais desleais, as investidas mais desonestas. Físicas e virtuais. Fomos eleitos como inimigos número um do Gabinete do Ódio mossoroense.
Sempre que denunciamos contratos milionários mal explicados, toda vez que cobramos explicações de atos pouco transparentes e cada vez que desmascaramos atrocidades travestidas de bondades, o fascismo atroz instalado no poder age contra nós. De forma violenta. De maneira virulenta. Com requintes de maldades.
Muitas vezes com bobocas lançando indireta e babões agindo diretamente, tentando, entre outras coisas, carimbar nossas matérias com o selo de fake, mesmo que sejam eles quem deturpem os fatos.
Nosso site já sofreu os mais diversos ataques e nossa honra é atacada quase diariamente. Tentam até mesmo convencer patrocinadores a desistirem de manter suas marcas em nosso portal. Tudo sem sucesso.
Agem sempre nas sombras. Típico dos covardes. Comum aos canalhas. Próprio dos patifes.
Não nos calarão. Jamais nos amendrontarão. Nunca nos desencorajarão. Mesmo que não desistam de tentar nos censurar, não nos dobraremos à covardia dos tiranos.
Restou aos pulhas a arma mais abjeta usada pelos canalhas com poder: tentar enganar o Judiciário para calar nossa voz.
Sim, fomos acionados judicialmente pelo prefeito Allyson Bezerra (União Brasil). E nos causou surpresa que ao tentar nos calar, o gestor mais se acusou do que se defendeu. Sobretudo porque não o acusamos de nada.
Também foi com surpresa que constatamos que mesmo que somente hoje tenhamos sido notificados oficialmente sobre a demanda, desde semana passada que blogs, perfis de rede social e órgãos de comunicação (?) com estreita ligação com o poder se apoderaram de uma informação que ainda não era pública para, publicamente, tripudiar do Boca da Noite.
O fizeram porque, liminarmente, a Justiça decidiu pela suspensão da matéria em que questionamos os valores elevados pagos pela prefeitura por aluguéis de carros à disposição do prefeito.
Ressalte-se que foi uma decisão preliminar para evitar que o prefeito sofra o prejuízo da demora. Tiramos provisoriamente a reportagem do ar embora tenhamos dito apenas que a gestão municipal tenha empenhado um valor milionário pra pagar os citados aluguéis e que já tenha pago uma grande parte da referida montanha de dinheiro previamente empenhada.
Surpresa ainda maior é que o prefeito tenha se recusado a dar a versão oficial dos fatos no mesmo dia em que a matéria foi ao ar e tenha recorrido à Justiça, mesmo que o Boca da Noite insista recorrentemente para que se manifeste sobre os assuntos que dizem respeito à municipalidade e sobre os quais escrevemos.
Mais ainda: que a Secretaria Municipal da Comunicação evite responder aos nossos repórteres como se fosse prerrogativa de uma gestão pública escolher a quem deva responder.
Suspendemos a publicação porque vemos as determinações dos poderes constituídos como soberanas e que, quando possível, devem ser questionadas pelos meios e maneiras disponíveis legalmente.
Não agimos ao arrepio da lei. Não construímos narrativas fantasiosas. Não usamos de subterfúgios para não cumprir decisões e mandamus.
Cumpriremos o que a Justiça determinou até que consigamos decisão em contrário no mesmo pretório.
Até lá, seguiremos fazendo o que nos cumpre enquanto instrumento a favor dos que não tem voz, fiscalizando em nome de todos e denunciando em nome e em respeito ao Estado Democrático de Direito, esteja no poder um “humildezinho” ou um pobre-diabo. Apesar de sabermos que talvez tenhamos que comer o pão que o cão amassar. Esteja ele tramando nas trevas ou enganando nos púlpitos.
Enfrentar o fascismo horripilante, o horror incessante, o autoritarismo criminoso e os regimes incriminantes é sempre tarefa de risco. Especialmente para quem pratica o jornalismo sério, ético e de verdade.
* Jornalista

Bem ao seu estilo, ignorando qualquer sugestão e fazendo valer a sua pena, o prefeito Allyson Bezerra encaminhou para a Câmara Municipal de Mossoró o PL que modifica o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores até aqui eram regidos pela Lei 003/2003 e empurrou, de goela abaixo, a sua vontade, com a conivência política da sua base de vereadores.
É assim que os servidores analisam a forma como o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) impôs o plano de carreira aos servidores gerais. Os trabalhadores também preveem muitos prejuízos
Emendas apresentadas pela vereadora e diretora de formação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró, Marleide Cunha, foram simplesmente atropeladas pelo “rolo compressor” palaciano e braço extensor da gestão dentro daquela Casa.
Segundo Marleide, era preciso fazer algumas modificações na Lei nº 003, como corrigir a tabela salarial e colocar o adicional de titulação. Allyson e sua bancada revogaram a lei anterior e apresentaram uma “tabela padrão” de 40h.
Com a previsão de que o salário mínimo para o próximo seja R$ 1.421,00 e o “novo PCCR” apresenta como salário de início de carreira, com jornada de 40h, um salário R$ 1.324 para nível fundamental e para nível médio, valor na ordem de R$ 1.408, os servidores continuarão recebendo abaixo do mínimo.
Apesar desse grave fato, foi derrubada a proposta de emenda de Marleide que previa que nenhum servidor pudesse passar por tamanho retrocesso.
Atualmente a jornada do servidor geral é de 30h, para estes, o cenário é ainda mais preocupante, com rendimentos previsto de R$ 993,00 para nível fundamental em início de carreira, e R$ 1.056, para o nível médio. Ardilosamente, a chamada “tabela padrão de 40h” é uma forma de não mostrar o real valor pago a este servidores.
Também foi derrubada a emenda que pedia que os servidores mudassem a carga horária em comum acordo com a gestão (conforme a lei 003). Assim, o novo “PCCR” coloca unicamente nas mãos de Allyson e dos gestores futuros dar ou não a mudança de carga horária. Tornando servidor um refém.
Assistência social – Também como de praxe, o PCCR da Assistência Social chegou à Câmara Municipal somente nesta terça-feira (24) e, sem tempo para uma leitura mais aprofundada, foi votado como que “em confiança”, já que representantes da comissão que acompanhou o processo, garantiu que a peça contemplava os anseios da categoria.
Imagem: Allyson durante caminhada pelas ruas de Mossoró com projeto que vai prejudicar servidores