A gestão do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) está fazendo uma verdadeira operação para tentar minimizar o caso do suspeito aditivo de quase R$ 500 mil feito ao contrato de reforma do Memorial da Resistência. As suspeitas, levantadas pela oposição, estão no fato de o aditivo (aumento no custo da obra) ter sido feito após os serviços terem sido concluídos.
Para fazer um certo “abafa”, a gestão tem feito verdadeiras peripécias. O contorcionismo verbal não é o único meio utilizado. A mudança de narrativa, no entanto, tem trazido prejuízos aos discursos anteriores apresentados e defendidos pelo prefeito como inabaláveis, imutáveis, inatacáveis. Há, no mínimo, contradições.
O prefeito garantia, até então, que não entregava à população, obras inacabadas. Para “abafar” o aditivo, o discurso agora é de que a obra não havia terminado. Pior: entraram na conta da nova galhofa não só a reforma do Memorial, mas e também a Estação das Artes Eliseu Ventania e o teatro Municipal Dix-huit Rosado, monumentos que integram o conhecido Corredor Cultural.
Anunciar que esses equipamentos continuarão sendo reformados traz dois problemas para a gestão Allyson Bezerra e um para o povo de Mossoró. Allyson e sua equipe terão que explicar porque a reforma se a própria prefeitura já entregou, com pompa e circunstância tais prédios “reformados”. Anunciar que todos continuam em obras é para tentar justificar o aditivo do Memorial da Resistência?
Caso os equipamentos não tenham sido mesmo reformados integralmente, a gestão Allyson enganou os mossoroenses? Ludibriou? Vendeu gato por lebre? E nesse caso, não se trata apenas do joguete político com a boa fé dos munícipes. O terceiro problema, da gestão e que atinge o bolso do contribuinte é: o prefeito utilizou dinheiro público para realizar solenidades de entrega de equipamentos cujos serviços não tinham sido concluídos? Usou dinheiro público apenas para aparecer, para fazer autopromoção, para proselitismo político, já que as reformas não tinham acabado?
Como se vê, a estratégia do governo Allyson, os discursos, dele e de aliados, não se sustentam na realidade dos fatos. As novas narrativas não encontram sustentação no que a gestão defende e, principalmente, no que tem sido feito.
A sensação que se tem é que para tentar “ocultar um cadáver”, a gestão tem feito algumas vítimas: a principal delas é a verdade. Como ela tem sido castigada nos últimos dias. Tudo o que a gestão tenta dizer agora para justificar R$ 443 mil aditivados de forma – ainda – inexplicável – desdiz tudo o que vinha sendo dito por Allyson Bezerra. A defesa da gestão no caso do aditivo parece que vai entrar num 8.
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1 comentário
[…] Desde que o assunto veio à tona, a gestão tem dado vários passos na tentativa de convencer a opinião pública de que o aditivo foi feito legalmente. O prefeito Allyson Bezerra, por exemplo, fez a equipe de comunicação publicar material nos canais … […]