Ugmar Nogueira
Paulo Afonso Linhares, Felllipe Rodrigues da Silva, João Batista de Andrade, Erison Natecio da Costa Torres, Antônio Marcos Medeiros Bezerra. Esses são os cinco nomes com os quais o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), despista sobre a escolha do seu companheiro de chapa.
Enquanto a imprensa especula e alguns candidatos ao posto fazem pressão, o prefeito joga peças no tabuleiro, sempre sob a máxima dos políticos extremistas: confundir.
A principal tática do prefeito para despistar sobre os nomes é pedir que seus auxiliares peçam exoneração. A cada saída de um nome de um cargo comissionado, aumenta-se um na bolsa de apostas sobre o vice.
A decisão, nesses casos, leva em conta densidade eleitoral do pretendido, compromisso político com lideranças e nível de confiança no escolhido.
O primeiro requisito não conta para Allyson. Ele já se julga reeleito, então, não leva em consideração esse aspecto.
Já sobre compromisso político, o prefeito, afeito a não respeitar acordos nem reconhecer ajudas, na visão do gestor, isso também não deve entrar no pacote.
Allyson tem hoje alinhamento político com o ex-senador José Agripino (UB) que, sem mandato, não tem muito cacife para impor nomes; e também com a senadora Zenaide Maia (PSD), que tenta emplacar Paulo Linhares.
O ex-presidente da Previ Mossoró deve ser, dos nomes citados acima, o menos provável a ser escolhido. Allyson deve escolher, para conolar Zenaide, um nome do PSD (do qual Paulo é filiado), mas a escolha deve recair sobre Marcos Bezerra (o sobrenome não é à toa), pelo terceiro aspecto: o da fidelidade.
Fellipe Rodrigues é um nome muito próximo de Allyson. E era o preferencial para ser seu candidato a deputado estadual em 2022, mas os familiares do escolhido não concordaram.
Também não será surpresa se Thiago Marques venha a ser anunciado como escolhido, embora esse nome hoje, para Allyson seja o de Marcos Bezerra. Até o prazo final para a escolha, o prefeito vai despistando, com a certeza de que anunciará aquele que melhor lhe agrade, ou seja, que lhe permita governar mesmo quando não estiver como prefeito de direito.
