As movimentações suspeitas que “ajudaram” Kadson Eduardo

por Ugmar Nogueira
A+A-
Reiniciar

Premonição? Estratégia? Planejamento? Não se sabe, mas o que se sabe é que em novembro de 2020, pouco tempo depois de o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) ter ganho as eleições, surgiu um movimento na Câmara Municipal de Mossoró na tentativa de revogar a Lei da Ficha Limpa.

O Projeto de Lei Ordinário 232/2020, que altera a lei da Ficha Limpa municipal e que trata sobre a nomeação de cargos comissionados na Prefeitura e na Câmara, previa a liberação de pessoas condenadas para assumir cargos comissionados na cidade. A proposta foi rejeitada depois da má repercussão na cidade.

Coincidência ou não, o projeto foi apresentado por Manoel Bezerra de Maria, tio do prefeito Allyson Bezerra. Na época, Manoel negou que fosse autor da proposta e disse que a teria assinado sem ver.

A nomeação de condenados segue vetada em Mossoró, embora o prefeito Allyson tenha desrespeitado a lei para garantir que o seu “faz-tudo” Kadson Eduardo seguisse na gestão mesmo após trânsito em julgado da sentença que o condenou à prisão por falsificar documentos num processo na Justiça Federal.

Allyson, no entanto, conseguiu revogar a lei que impedia que quem acumulasse secretarias, caso de Kadson Eduardo, que esteve por diversas vezes acumulando duas pastas, recebesse salário em dobro. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Kadson Eduardo é de 29 de julho de 2016.

As alterações que permitiram a Kadson receber em dobro foram feitas por meio da aprovação da Lei Complementar 69-2021, promulgada pelo prefeito Allyson Bezerra em 12 de agosto de 2021.

Nesse caso, a acumulação é permitida, mas os valores recebidos por Kadson ferem a Constituição Federal por ficar acima do salário do próprio prefeito. De acordo com a Carta Magna, os salários dos servidores devem ser de no máximo 80% do valor recebido pelo chefe do Executivo municipal. Além disso, é importante destacar que ele terá, ao menos, qiue devolver os valores referentes ao período em que a condenação o impedir de assumir cargo público, entre 19 de janeiro de 2023 e 19 de abril de 2024.

Enquanto o caso se torna cada vez mais rumoroso, o prefeito Allyson Bezerra, tão prodigioso no uso da palavra, no postar vídeos, imagens e cards nas redes sociais, segue em silêncio abjeto e comprometedor.

Publicidade

Postagens relacionadas

1 comentário

Sueleide Alves 22/04/2024 - 14:55

Fala gestor, se tem coragem! Bote a cara maquiada pra tapa, já que se acha o tal. Quem tem .., tem medo. E vamos ao desmonte dessa gestão torpe.

Responder

Deixe um comentário

* Ao usar este formulário, você concorda com o armazenamento e o manuseio dos seus dados por este site.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais