Lançada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) no final do último mês de março, a Estratégia para o Fortalecimento da Linha de Cuidado aos Portadores de Doenças Cardiovasculares, já vem apresentando resultados e evitando sequelas cardíacas aos pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio e outras doenças vasculares.

As Coordenadorias de Atenção à Saúde (CAS) e da Regulação em Saúde e Avaliação (CORSA) da Sesap vem trabalhando desde dezembro de 2021 na implementação da linha de cuidados de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), montando uma estratégia que vai desde a capacitação em massa dos médicos e enfermeiros que atuam das portas de entrada de hospitais e Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e também em UTIs, até o tratamento adequado utilizando medicamentos trombolíticos.

“A Sesap disponibilizou um quantitativo de trombolíticos – utilizados tanto para o infarto quanto para o Acidente Vascular Encefálico (AVE) – para as UPAs, inicialmente dos municípios de Parnamirim e Macaíba; e fortaleceu a rede de regulação e de angioplastia primária, com retaguarda de leitos de UTI, contando com apoio técnico de cardiologistas e exames complementares para este tipo de procedimento. Tudo isso em apenas 60 dias devido a um trabalho árduo da equipe, com profissionais engajados e motivados pelo mesmo propósito”, explicou Walkíria Nóbrega, da equipe técnica da Coordenadoria de Regulação em Saúde e Avaliação.

Foram realizadas visitas diagnósticas em alguns serviços de emergência elencados nos municípios de Parnamirim, Macaíba e Caicó. De acordo com Walkíria Nóbrega, nessas visitas verificou-se os requisitos necessários para implantação do projeto SPRINT que vão desde o fluxo do paciente a questões estruturais do serviço. O projeto SPRINT é um conjunto de ferramentas ofertado pela companhia farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim (habilitada pelo Ministério da Saúde) aos serviços SUS que fazem uso de trombolíticos.

Entre os dias 18 e 20 de abril aconteceram capacitações nestes municípios, para organização e otimização do atendimento ao paciente com infarto, criando uma rede autossustentável dentro do SUS com fluxos e rotas bem definidas.

Toda a estruturação da rede de cuidados ao paciente cardiovascular conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Universidade Federal do RN (UFRN) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

 

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