O Mossoró Cidade Junina, festa que esse ano viverá a sua 26 edição, é um evento grandioso, apesar de não ter quase nada de tradição junina. É uma grande festa, que gera mitos dividendos para a cidade, fomenta a economia, movimenta o turismo e gera emprego e renda, entre outros benefícios.
São muitos os benefícios.
Por sua grandiosidade e importância, deveria ser melhor tratado pela gestão municipal. Não no aspecto midiático, mas na forma de ocupação dos espaços públicos. Cada vez mais, as áreas que sempre foram ocupadas pelas pessoas estão sendo “privatizadas” pela prefeitura.
Nesse ano, porém, o absurdo dos absurdos. Grande parte da área interna da Estação das Artes, utilizada tradicionalmente para passagem e ocupação por pessoas, foi cedida a uma empresa privada de Mossoró para instalação de camarote. Com a montagem do “monstrengo” até mesmo a área de fuga (na eventualidade de algum tumulto) fica prejudicada.
O camarote (foto) está montado exatamente na principal entrada da Estação das Artes, aquela localizada na avenida Augusto Severo, em frente ao Teatro Municipal Dix-huit Rosado. A “camarotização” do Mossoró Cidade Junina, fato que ocorre há alguns anos, é um fenômeno que cresce anualmente e que cada vez mais descaracteriza o evento. Além de ocupar espaços públicos importantes e necessários para a ocupação e fluxo de pessoas, elitiza ainda mais a festa, que deveria ser popular.
O Portal Na Boca da Noite ouviu a prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Cultura, sobre o assunto. Fizemos o primeiro contato com o assessor da pasta na terça-feira, 30/5. Apesar de ter respondido ao contato, o jornalista não deu resposta aos questionamentos apresentados.
Ontem, 31/5, insistimos para que o órgão apresentasse sua versão para o fato. Perguntamos: a prefeitura cedeu o espaço interno da Estação das Artes, onde deveria ficar o povo, pra montagem de camarote de empresa privada? Isso vai render algum dividendo para o município? O assessor se limitou a responder que “houve processo de chamamento público. De forma transparente e publicadas no DOM”.
Fizemos novos questionamentos: tem contrapartida financeira para o município? O município acha justo que espaço público, inclusive de passagem de pessoas, seja ocupado com camarotes privados?
Essas duas perguntas ainda seguem sem respostas.
Mercenário
Negócio das arábias! Para quem?…
Eis a pergunta que não quer calar.
Privatizar o espaço que deveria ser para o povão…
Eita país de Mossoró sem jeito!!!
Achei um absurdo!Enfim o povo não tem privilégios,Somente a elite, só nas eleições e que somos vistos!