Ugmar Nogueira
Eram duas reuniões para tratar de forma séria, honesta e verdadeira, sobre as ações de promoção e proteção de direitos do Povo Indígena Warao em Mossoró. Representantes da Segunda Unidade de Saúde Pública (II URSAP), da Secretaria Estadual de Sapude (SESAP), Hospital da Mulher, prefeitura de Mossoró e da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Tudo ocorria bem. Todos apresentavam suas impressões e atividades até que o constrangimento aconteceu. Falando em nome da Secretaria Municipal da Educação (SME) da prefeitura de Mossoró, o professor Hélio Oliveira apresentou dados que não condiziam com a realidade.
O representante da SME afirmou que as 16 crianças venezuelanas da etnia Warao que vivem em cidade estavam matriculadas na rede municipal de Mossoró. Era mentira, enganação, embuste. Foi desmentido pelas próprias famílias Warao que estavam presentes ao encontro.
“Um despreparo total do município quando se trata da diversidade. Não se deram ao trabalho nem de reconhecer as crianças indígenas Warao que vivem na cidade”, relata uma pessoa presente à reunião.
O constrangimento foi ainda maior porque a defensora dos direitos do povo Warao lembrou que foi preciso ser judicializado, pela Defensoria Pública, o acesso à educação para as crianças Warao. “E nem assim o município buscou realizar as matrículas, que foram feitas na rede estadual”, acrescenta.
Uma vergonha. Tentar passar para as instituições que a gestão Allyson Bezerra (União Brasil) age de forma correta quando a realidade mostra que o povo Warao, assim como outras minorias, é vítima do descaso da gestão municipal, inclusive com registro de morte de criança por inanição.
Hélio Oliveira foi desmentido em reunião
1 comentário
Não conseguem emplacar uma mentira. É vergonha em cima de vergonha! Hôoooooooô