Seria cômico se não fosse trágico. Candidato do ex-presidente Bolsonaro (PL) à presidência do Senado Federal, o potiguar Rogério Marinho (PL) finge não saber que todo mundo sabe o que “ele fez no verão passado” .
Rogério foi ministro de Bolsonaro, defendeu todas as pautas do ex-presidente, fez campanha sentado em fake news e agora se lança candidato fingindo que ninguém sabe o que ele é ou defendeu.
“Sou candidato para reestabelecer a normalidade democrática”, diz, sem pudor, Rogério Marinho.
Parece até piada- de mau gosto – claro. O principal signatário da candidatura de Rogério é Bolsonaro, justamente o artífice de todo o processo de corrosão da democracia brasileira.
O próprio Rogério Marinho deu provas de que não tem muita feição democrática. Ora, estar aberto ao diálogo e ao contraditório é condição precípua de quem se diz democrata. Rogério, no entanto, ao ser questionado pelo deputado federal Rafael Motta (PSB) sobre fatos relacionados justamente à democracia, silenciou. E pra piorar, ainda bloqueou Rafael no Twitter, rede social onde o questionamento foi feito.
Esse fato aconteceu recentemente, mas faz tempo que Rogério, pelo menos indiretamente, contribui para o caos que se instalou no país com as pautas antidemocráticas do governo Bolsonaro, do qual ele faz parte e, com a força do qual – financeira, principalmente – se elegeu senador.
Como diria aquele personagem de um conhecido filme brasileiro: Rogério é um fanfarrão. Pra dizer o mínimo.
Esse Rogério vai integrar a bancada golpista do Senado. Ele deve ser investigado com afinco, pois os milhares de dinheiro deixados por Bolsonaro em padaria de Mossoró e outros estabelecimentos do RN deve ter sido pra ele.