Por Abdias Duque de Abrantes
A II Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap), realizou quarta-feira (21) de fevereiro uma capacitação para os agentes de combate às endemias (ACEs) sobre leishmaniose visceral para atuarem na Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (LV) no Município de Porto do Mangue.
Participaram do evento a Referência do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral da II Ursap, Antônio Nascimento, o médico veterinário Saint Clair Lopes de Medeiros, o coordenador do Programa de Controle das Arboviroses da II Ursap, José Lázaro França de Araújo, a Referência da Vigilância Epidemiológica da II Ursap, Daniela Godeiro, a técnica Nilma Fernandes e os agentes de combate às endemias. O técnico Antônio Nascimento realizou um treinamento para coleta de exames para diagnóstico de Leishmaniose canina.
O coordenador do Programa de Controle das Arboviroses da II Ursap, José Lázaro França de Araújo realizou a entrega do Larvicida VectoBac WG.
“É fundamental que a população adote cuidados para evitar a proliferação de criadouros do mosquito transmissor da dengue dentro de casa. Necessitamos redobrar os cuidados com as nossas casas e nas áreas em volta delas. Cerca de 75% dos focos estão dentro de casa. É preciso a união dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias no combate à dengue. É essencial que as pessoas recebam os agentes de combate às endemias, que vão ajudar a eliminar os focos. Receba-os, ajude-os na localização e na erradicação de possíveis focos do mosquito em sua residência e na sua vizinhança”, ressalta a Referência da Vigilância Epidemiológica da II Ursap, Daniela Godeiro.
“Cabe ao poder público adotar medidas de controle do vetor e à sociedade cabe entender o ciclo da doença, eliminado em suas residências possíveis focos que podem favorecer a proliferação do vetor além de ter a posse responsável dos cães”, ressalta o médico veterinário Saint Clair Lopes de Medeiros.
“A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis”, disse a Referência do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral da II Ursap, Antônio Nascimento.
“A leishmaniose visceral atinge órgãos internos, como baço e fígado, e é mais comum nas regiões Nordeste e Norte do país. Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse Antônio Nascimento.