Não era nada de extraordinário. Não havia nada de novo. Não se tratava de nenhuma excepcionalidade. Para abafar a nova crise de popularidade vivida por ele, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade) recorreu a algo velho. De uma velha prática, recorde-se.
Toda a pompa e circunstância que o prefeito tentou dar ao espetaculoso anúncio da última quarta-feira, 22/6, constitui-se, na verdade, em um problema futuro para a cidade.
Os R$ 200 milhões que o prefeito de Mossoró anunciou que tinha conquistado para a cidade nada mais nada menos é que dinheiro fruto de um empréstimo. Contração de dívidas. Contrair dívida, o mossoroense há de convir, não é nenhum feito extraordinário. Aliás, a lição básica de qualquer educador financeiro é de que os empréstimos sejam evitados. Principalmente do tipo que Allyson fez em nome do município: em que se pagará juros elevados.
A Prefeitura de Mossoró, em 120 meses, vai pagar, somente de juros, pelos R$ 200 milhões que está pegando junto à Caixa Econômica Federal, nada menos que R$ 185.284.276,51. Além disso, até dezembro, o município terá que desembolsar nada menos que R$ 7.222.602,53 de juros e encargos. No próximo ano, somente de juros, serão pagos pela prefeitura R$ 26.474.639,43. Por mês, serão pagos, a título de juros, mais de R$ 2,2 milhões.
Não houve barricada da imprensa. Não houve exagero de quem viu manipulação por parte da gestão, que quis fazer crer que o prefeito fez um gol de placa. Tudo o que se viu foi que Allyson tentou fazer de uma operação de crédito na qual a prefeitura vai se endividar ainda mais uma grande ação. Como marketing pode servir para escamotear a crise que o prefeito vive. O custo, como se pode ver, é que é alto demais para o contribuinte mossoroense.

 

 

 
 
 

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