O Bradesco superou até mesmo as previsões do mercado e teve um crescimento de 58,5% no lucro na base anual e 11,3% frente ao segundo trimestre. O lucro nos primeiros três meses foi de R$ 6,5 bilhões, alta de 73,6% em relação ao primeiro trimestre de 2020; e no segundo trimestre foi de R$ 6,319 bilhões, alta de 63,2% em doze meses.

O crescimento do lucro tem forte relação com dois fatores: a redução de postos de trabalho e de agências bancárias, que foram substituídas por agência de negócios, com menor número de funcionários. Somente no RN, foram 24 bancários demitidos em 2021, mais de 6% do quadro funcional no Estado. Trabalhadores e familiares adoecidos e reduzidos a números.

A extinção de vagas de emprego no Bradesco é ainda mais injusta quando comparamos a receita de prestação de serviços e tarifas do banco – que cresceu 3,4% em doze meses, totalizando R$ 13,344 bilhões – com as despesas de pessoal (considerando a PLR), que somaram R$ 9,632 bilhões. Ou seja, apenas com o que arrecada das tarifas cobradas dos clientes, o Bradesco cobre toda sua folha de pagamento em 138,5%.

Em Mossoró, as demissões no setor bancário foram lideradas pelo Bradesco, principalmente após o início da pandemia da covid. Na região, a demissão mais recente aconteceu na cidade de Assu. O sindicato vem atuando para tentar barrar essa onda de demissões.

Em Natal o Sindicato dos Bancários irá fazer um protesto amanhã, 23/11, às 9h, em frente a agência do Centro da Cidade. “Não iremos aceitar que mesmo com pandemia e crise econômica o Bradesco continue lucrando à custa do desemprego e do assédio”, destaca a entidade.

 

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