* Márcio Alexandre

Uma professora tenta gravar uma poça de lama e um homem tenta “emporcalhar” a gravação.
Um jornalista faz uma crítica à gestão municipal e um jagunço digital tenta deslegitimar a atuação do profissional.
Esses são dois dos muitos exemplos que se veem em Mossoró desde que o engenheiro Allyson Bezerra (UB) sentou na cadeira de prefeito de Mossoró.
Infelizmente, não são casos isolados e todos tem em comum o fato de os autores dos crimes (ameaças, agressões, achaques) partirem de pessoas próximas ao gestor. Gente com intimidade até para beijos com o chefe do Executivo local.
Os casos estão cada vez mais graves. Mais pernósticos e mais criminosos. E crescem em larga escala. Impunes e assustadores. Há uma parte considerável da militância de Allyson que se mostra cada vez mais colérica, ameaçadora, imperiosa. Uma espécie de malta anil que sente-se dona da cidade. Que imagina que por aqui não há mais espaço para os diferentes. Que não se pode mais vestir outra cor. Que não deve ter outra opção. Que não há liberdade para as mais diferentes manifestações: política, de cultura, de credo.
São situações perigosas que exigem uma atitude rápida e eficaz do prefeito Allyson Bezerra. Ele precisa amainar essa turba. Aquietar essa choldra. Por freios civilizatórios nesses desordeiros. Sim, é obrigação dele.

Não se sabe qual contrapartida essa súcia, recebe, mas que faz o que faz para agradar Allyson Bezerra, isso não há a menor dúvida.

Muitos sequer escondem que o fazem para bajoujá-lo. As demonstrações públicas que comprovam essa certeza são as mais diversas. Nos mais diferentes locais. Com os mais variados meios.
Mas é urgente que essas ações afetivas fiquem apenas no campo do apreço ao prefeito. Não podem jamais passar do desapreço atroz aos adversários dele.
Todos, inclusive os partidários de Allyson, podem, devem e precisam se manifestar, politicamente sem serem incomodados. Sem terem que passar por constrangimentos. Sem se sentirem ameaçados. Sem medo de que não voltem mais para suas casas.

A continuar desse jeito, com essa ralé achando-se acima de tudo e de todos, não tardará a acontecer algo grave. Pelo que fala, não é exagero que se coloque na conta do prefeito Allyson Bezerra o ônus pela tragédia. Porque o bônus ele já está colhendo.

* Professor e jornalista

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