O engenheiro civil Allyson Bezerra, inscrito no Solidariedade, é prefeito de Mossoró, segunda maior cidade do Estado. Foi alçado a essa condição ao convencer a maior parte do eleitorado (que votou nele, claro) de que é o novo. Foi, então, o melhor candidato. Hoje, se sabe, é o pior prefeito. Caminha para superar, negativamente, Silveira Júnior (de triste memória).

Mesmo que ache que esteja navegando em águas tranquilas, Allyson sabe que o mar não está pra peixe. Ele dá, claramente, diariamente, sinais nesse sentido.

Quem está bem não perde tempo perseguindo, desfigurando e, especialmente, tentando se manter de forma onipresente no imaginário coletivo e no cotidiano digital dos mossoroenses. Em alguns momentos, a percepção que se tem é que Allyson se acha o deus da gestão pública. Noutros, parece que ele tem certeza.

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Uma das cantilenas eleitorais repetidas à exaustão por Allyson é de que seria diferente de sua antecessora, Rosalba Ciarlini (PP), a quem criticava por construir praças e realizar obras na área da construção civil em demasia. O atual prefeito envereda pelo mesmo caminho. Infelizmente, não com a mesma desenvoltura.

Suas obras, às pressas, de maquiagem (que ele tanto criticava), para enganar desavisados são um aviso: Allyson é mais do mesmo. Com menos qualidade. Com mais enganação. E com uma gravidade: ele é engenheiro civil.

Toda sua autossuficiência, prepotência e arrogância tem o objetivo de impingir no pensamento das pessoas a ideia de que tudo que é feito em Mossoró é obra dele. Não só a ideia, mas a execução.

Sua onipresença leva-nos a pensar que é ele quem constroi escola, ele quem desentope bueiros, ele quem recupera estradas, ele quem reforma piso, ele quem ergue pontes. Cada verbo usado no seu sentido estrito. Como se ele fosse o mestre-de-obras, pedreiro e servente. E os outros não servissem para nada.

Ocorre, porém, que o piso foi uma lástima. Uma obra mal-feita. Um mal-ajambrado projeto para iludir. Para completar: a ponte também deu chabu. Caiu. Veio ao chão. Mais um embuste.

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Reconheça-se: não é o prefeito quem faz o projeto. Não é ele quem arma a estrutura de ferro, muito menos manipula a betoneira. Mesmo que ele queira fazer crer que faz tudo isso, ele não o faz, embora faça de conta que faz. Ao atrair para si todos os possíveis louros das coisas que dão certo, recai sobre si, também, o bônus do erro, da mancada, do desacerto. Foi assim com o piso que ruiu. É assim com a ponte que caiu. A gestão Allyson Bezerra ainda não tem a solidez que ele quer fazer crer. Suas obras na construção civil são uma prova disso. É preciso esperar o concreto endurecer. Pelo menos.

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