Os portuários do Porto Salineiro de Areia Branca estão lutando para evitar que a privatização do mencionado equipamento redunde na demissão desses trabalhadores. Desde 2019 que o Conselho da Autoridade Portuária  da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) anunciou que o porto seria privatizado ou arrendado.

“Desde que tomamos conhecimento dessa proposta, tivemos várias reuniões com a diretoria da CODERN, mas até agora não houve nenhuma sinalização dos diretores com o compromisso de manutenção dos cerca de 100 postos de trabalho”, denuncia Pablo Vinícius Cordeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Portuários do Rio Grande do Norte (SINPORN).

O SINPORN já apresentou quatro propostas à diretoria da CODERN que viabilizam a manutenção dos postos de trabalho, como a estabilidade de 2 anos no emprego pra os atuais trabalhadores, substituição de vigilantes terceirizados por trabalhadores de nível fundamental do Porto Ilha, relocação dos trabalhadores para outros órgãos federais, como UFRN, Ufersa, IFRN, Dnit, Iphan e INSS, remanejamento dos trabalhadores para portos de Maceió e Natal, e instituição de Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os que desejarem sair.

Apesar da insistência e luta do SINPORN para preservar os empregos, a diretoria da CODERN segue avançando no processo de privatização e/ou arrendamento do porto, sem dar importância às demandas dos trabalhadores. “O plano de reestruturação da companhia já foi aprovado no Ministério das Infraestrutura, que prevê o corte de 105 das atuais 115 vagas de trabalho do terminal salineiro”, revela Pablo Cordeiro, acrescentando que para o projeto se concretizar, falta apenas a provação do Ministério da Economia.

Hoje, os trabalhadores fizeram um manifesto durante audiência pública na Câmara Municipal de Areia Branca. Saíram de lá com a garantia de que uma audiência pública na Assembleia Legislativa vai discutir o problema. “Além disso, conseguimos deixar claro todo o descaso com os trabalhadores”, finaliza o sindicalista.

 

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